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    Uma noite dessas, enquanto encarava uma pizza jogado no sofá, estava olhando para a TV naquele momento: “Não estou prestando atenção, apenas faça barulho e se movimente para distrair minha mente…” Então uma curiosidade do cinema me chamou atenção: Um programa sobre personalidades do cinema trazia um especial sobre o ator Morgan Freeman. Ele começou muito novo em produções da Broadway, fez cinema desde cedo, mas chegou realmente ao topo do cinema já com seus 50 anos. Claro que todos conhecem o trabalho do Morgan, e muitos dos filmes que ele participou. Mas não foi a história da vida dele que me chamou a atenção.
    No decorrer do programa, um ator mais novo deu um depoimento sobre o ator de “Todo Poderoso” que me fez sair da zona de conforto do olhar sem intenção e objetivo para a TV, e prestar atenção no assunto. Disse ele algo mais ou menos assim: “Foi incrivelmente intimidador trabalhar com o Morgan, e não por alguma postura de prepotência ou arrogância. É justamente pelo contrário. A postura dele é tão sóbria, serena, e ele uma pessoa tão tranquila de se trabalhar mesmo com sua importância… Que intimida!”

    Isso tem absolutamente tudo a ver com estilo de vida, estilo de liderança no ambiente corporativo ou mesmo no posicionamento em grupos de amigos ou familiares. Em um momento em que boa parte dos líderes se usam do poder, de barganhas excusas, de promessas e outros fatores para manter seus seguidores alinhados, ouvir algo desse tipo é uma nuvem branca expulsando a tempestade. Um cara do porte que Morgan Freeman tem hoje, e logo nesse mundo de estrelas que normalmente tem a necessidade pessoal de brilhar mais do que as outras, ter um depoimento como o citado acima é a prova que nem tudo está perdido. Ainda existem pessoas do bem na multidão dos poderosos. Ainda existem pessoas mais interessadas em ajudar um todo a vencer do que se promover pessoalmente custe o que custar. E estamos falando do cinema, um dos grandes depósitos da prepotência humana. Quando tento projetar no meu modo de levar a vida, seja ela no profissional ou familiar, vejo que meu caminho está certo. Ainda longo, mas na direção correta. Não existem pessoas na escadaria que eu persigo no meu crescimento. Existem apenas desafios. Isso é bom. Boa parte não difere desafios e pessoas no seu caminho. Mas a maneira como ainda trabalho com os desafios podia ser mais leve, mais tolerante, mais conciliadora. Uma notícia boa portanto, na minha reflexão acerca do depoimento que tanto me chamou atenção, e uma constatação que é sabida, mas por vezes esquecida, de ser mais leve. De viver mais leve, e de tratar as pessoas e as questões que as envolvem com mais tranquilidade e serenidade. Não basta ser bom, é preciso ter muita paciência, muito jogo de cintura, porém sem deixar que a linha entre ser bom e ser bobo seja ultrapassada.Neste mundo cada vez mais individual, cada vez mais acelerado, onde as pessoas confundem outras pessoas com os obstáculos e desafios pessoais, precisaríamos de mais personalidades como Morgan Freeman. Uma estrela que brilha porque tem brilho simplesmente. Não porque ofusca o que está próximo.

    Nosso desafio é sempre se aprimorar. Nossa obrigação é servir ao bem comum, é fazer o bem, é buscar o que é bom. A nossa busca pelo aperfeiçoamento pessoal é constante e nossa total responsabilidade, ou abriremos mão da evolução que nos cabe. E quando crescer, eu quero ser como Morgan Freeman!

    Ser…Grande

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    Ser Grande

    Muito se fala em ser grande. Em ter foco no que realmente interessa. Muito se fala em deixar passar o que não é relevante, e buscar o que realmente faz a diferença. Ser grande. Ser grande não é ocupar um gigatesco espaço com nossa “massa”, mas sim com idéias. Ocupar espaços com novas concepções, conceitos, resolver situações sem se preocupar com o que não leva a lugar algum. Fazer a diferença. E não procurar diferença no irrelevante.

    Como quase sempre, e em quase tudo, fazer o diagnóstico não chega a ser tão difícil. Apontar o problema sempre é mais fácil do que dar a solução para resolvê-lo. E o problema aqui é ser grande. Manter o foco. O difícil de se concentrar no que realmente interessa, é que para isso precisamos desligar do que não é importante. Ou pelo menos saber relevar. Ou administrar. Ou apenas tomar conhecimento. Mas quanto menos se envolver com besteiras, mais resultado se consegue na difícil tarefa de cuidar do objetivo final.

    Na prática do dia a dia essas questões são muito importantes em duas situações, que são as que mais impactam no nosso tempo: O trabalho e os relacionamentos pessoais. Imagine que no trabalho, onde o stress anda pegando muito forte e cada vez mais forte, para ser grande você precise se afastar do que é pequeno. Isso significa não discutir com o colega ao lado por besteira, em insistir em uma solução mais ou menos porque quer que a sua solução seja a adotada, ao invés de buscar outra mais efetiva. Imagine ter que não perder tempo falando daquela picuinha que o colega da mesa 45 criou a seu respeito. Não se alterar com fatos que não façam diferença na sua vida, mas te incomodam naquele instante. Estamos falando de um policiamento intensivo de si mesmo, até conseguir atingir o ponto de equilíbrio e maturidade para ser assim, e não estar assim, grande.

    Fora do trabalho, vem a gama de relacionamentos pessoais, familiares, amorosos, de amizade e tudo mais que compõem a nossa vida. Como gerenciar tudo isso sem bufar de brabo com uma situação de trairagem de um amigo. Ou daquele ciume teimoso do grande amor. Ora, não seríamos humanos se pudessemos separar tudo isso. Nem teria graça o nosso dia sem todas essas emoções. Mas a grande jogada mesmo é saber até onde se pode ir. Quanto tempo, e principalmente quanto desgaste queremos impor aos nossos pares com coisas pequenas que irão ficar logo ali na esquina, para nunca mais serem lembradas.

    Algumas perguntas dirigidas a nós mesmos podem ajudar a clarear nossa mente em situações que caminham para desgastes:
    - Vale a pena elevar a discussão sobre esse tema? Essa discussão irá gerar algo positivo ou o que está em jogo não é um fato relevante?
    - O que essa pessoa significa na minha vida? Vale a pena ir até este ponto de discussão com ela? Vai acrescentar algo na nossa vida? Ou simplesmente o descontrole emocional é que está estabelecido?
    - Porque várias pessoas tem me dito que estou agressivo? Estou? Porque? Vale a pena? Precisa?

    É claro que tudo isso não quer dizer que devemos ser robôs que verificam automaticamente todas as questões para verificar quando vamos atuar ou não. O ser humano precisa viver as situações para aprender e evoluir. Mas é necessário lembrar que nossa exposição ao stress, excesso de informações, e a rapidez com que nossa era exige que vivamos nos trouxe uma sobrecarga. Então podemos ser sim, mais coerentes e peneirar as situações do dia a dia para melhorar nossa qualidade de vida e nosso rendimento em todos os âmbitos.

    Para ser grande, é preciso ser grande.

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