Lua de Mel, claro. Boa parte de quem opta por este destino, está saindo em lua de mel. No Brasil, mais ainda. Estados Unidos e Europa, nem tanto. Mas vamos ao que interessa, uma chuva de informações sobre esta viagem ao paraíso. E já aviso: Tive muita dificuldade para ter informações mais aprofundadas sobre a viagem, portanto, serei prolixo. Mais do que o normal, sim. Até porque, acreditem, a Polinésia merece.

Claro que não é possível falar de todas as ilhas polinésias, Páscoa (que incluí no roteiro) e todo o planejamento da viagem em um post só, então, vamos iniciar pelas escolhas e planejamento da viagem. Então, bem vindos a bordo dessa jornada à um dos lugares mais lindos do nosso planeta, pelo menos no que se refere a praias. As fotos? Todas nossas, com exceção dos mapas. E sem tratamento nenhum, embora essa parte seja difícil de acreditar. Mas sim, todas as fotos são das minhas máquinas e sem tratamento algum. Bora?

Aos Costumes!


Depois de definir que você vai ao paraíso, precisa definir com muita antecedência (5 ou 6 meses) que agência vai levá-lo até lá. E aí, tudo pode se tornar fácil ou difícil (ou, muito caro e menos caro). Claro que cada agência tem seus acordos e vantagens, e acabam dirigindo as opções de hotéis apresentadas. Isso pode não ser bom, acredite. É claro que na questão de serviço, os resorts mais badalados são bastante similares, mas eles tem sim muitas diferenças. E algumas, podem fazer toda a diferença na sua viagem. Uma das principais é a paisagem e o mar no entorno do resort. Não esqueça que o hotel não é o lugar onde você irá dormir. Os resorts tem praias particulares na Polinésia, e é lá que você vai passar mais de 80% do seu tempo. Portanto, procure imagens, visite sites, se informe sobre como é o resort que você está estudando. A água do entorno é fundamental. Funda? Tubarões por perto? Tamanho do coral? Riqueza de peixes no entorno? De frente para a montanha? De frente par ao mar aberto? Aí vai da preferência de cada um, o importante é buscar as informações e optar pelo que mais te atrai.

No meu caso, comecei a negociar com a operadora grandona, a maior, justamente por entender que pacote grande se faz com operadora grande. Salgado engano. 4 meses se passaram entre espera na obtenção dos valores, e tentativas de adaptar o pacote como eu queria. Troquei de agência. Mais do mesmo. Na terceira tentativa, já na agência com a qual sempre viajo (nem sei explicar porque esqueci deles), tudo mudou. O pessoal da STB Bela Vista/POA resolveu tudo muito rápido e com a eficiência habitual.

Para entender um pouco o pacote: Quem leva à Polinésia é a LAN Chile. A melhor opção é via Santiago, o que exige sair da sua cidade (no meu caso POA), fazer a conexão em SP, e embarcar para Santiago, voando umas 4 ou 5 horas. Via de regra tem uma pernoite em Santiago, e no outro dia o grande trecho da viagem: Santiago/ Papeete (capital do Tahiti), com uma parada obrigatória na Ilha de Pascoa, de algumas horas. No total são quase 12 horas em um boeing bem lotado. Se chega tarde em Papeete, o que obriga mais um pernoite nos bons hotéis do Tahiti. Pela manhã, aí sim um voo curto leva as paradisíacas ilhas, no meu caso, Moorea e Bora Bora. Perceba que existe uma logística considerável de transfers, hotéis e conexões na brincadeira, portanto, a agência não pode errar. Outro ponto importante: Principalmente em Bora Bora, os resorts não ficam na ilha principal, ficam em um motu que circunda a ilha. São praias privadas, onde só existe o hotel. Portanto, meia pensão é fundamental. Sem meia pensão, ou você paga mais, ou precisa se aventurar de lancha+taxi pela ilha principal, não esquecendo que por lá as 10 da noite todos dormem. A ausência de meia pensão complica tudo, e alguns colegas de viagem sentiram isso forte. Para quem gosta de cultura, história, ou de um lugar místico, pousar duas vezes na Ilha de Páscoa e não sair do aeroporto para ver os Moais soa como um sacrilégio. Eu penso assim. E quis inserir Páscoa no pacote. Nas duas primeiras agências? Impossível. A STB tirou de letra. Então, na escolha da agência, force a barra nas modificações, e se sentir que a agência só vende enlatados prontos, corra para a próxima. Tempo é muito dinheiro na compra desse pacote.

Quem já foi para a Polinésia, adora falar do assunto. Portanto, procure amigos que já foram, blogs, ou viajantes em sites de viagens. Uma paulista que troquei infos no trip advisor foi fundamental nas minhas escolhas. Com as informações dela em mais de 30 e-mails trocados, escolhi a rede de hotéis que tornou minha viagem impecável. Nos passeios, espiei outros hotéis, e não trocaria minha escolha por nenhum outro (fora o St Regis de Bora Bora). E o meu escolhido não era a indicação da agência. De nenhuma delas. Portanto, use e abuse de quem já foi.

Baseado nas dicas, imagens e muita pesquisa, fui contra as agências e fechei todos os resorts da Polinésia com a rede Pearl (SPM). É uma rede local, tem resorts em todas as ilhas e como chegou antes, seus resorts estão instalados em verdadeiros pedaços do paraíso. O atendimento é impecável, o povo tahitiano todo é super simpático e preparado para o turismo. A cozinha? Francesa, fantástica, e as instalações perfeitas. Não tive uma vírgula para reclamar dos 3 hotéis da rede em que fiquei. Optei por café americano (incrível) e jantar incluído. Sério, vale a pena. Na Polinésia, esqueça a máxima que comida de hotel não é boa. Ela é ótima. E você não perde tempo procurando outras opções, nem explodindo seu cartão de crédito comprando tudo na hora. Tudo o que contratar ainda daqui do Brasil, vale a pena e torna tudo mais simples. Lembro que o tempo é curto, e custa muito caro. Planejamento é fundamental. Em Papeete não precisa forçar no resort, pegue a mesma rede que escolheu nas outras ilhas. Em Moorea optei pelo Bungalow de jardim. Tive sorte, era a beira mar. Mas se não for a beira mar, é maior e tem piscina privativa. Em Bora Bora sim, pegar Overwater Bungalow é mandatório. Se puder, escolha o premium. No Pearl, tem uma vista absurdamente linda. Opções similares são o Intercontinental, Sofitel, Hilton, Four Seasons… Visualmente um que impressionou foi o St. Regis Bora Bora, mas também um pouco mais salgadinho. Por ironia do destino, mais tarde descobri que o Bora Bora Pearl Beach Resort, um dos escolhidos é o local das fotos que recebi uns 10 anos atrás, em um clássico powepoint entitulado “Churrasco na casa do meu tio.” Aquele foi o primeiro contato que tive com Bora Bora, e pelo jeito, o subconsciente me cobrou a conta na lua de mel.

Ainda na questão das agências, vale a pena comentar com a operadora brasileira para que usem a Tahiti Nui Travel lá na Polinésia. Também foi impecável em tudo o que estava com eles. Sem contar as pérolas negras que ganhávamos em cada hotel da rede Pearl que fazíamos check in. Para quem não é de SP ou Rio, e vai precisar de pernoite em Santiago, é interessante já fechar aqui mesmo os transfers e tudo mais. Pegar um hotel central é uma boa, porque normalmente dá tempo de circular pelo Cerro Santa Lúcia e os principais pontos de Santiago. Contratei tudo o que era possível daqui, até entrada para o parque Rapa Nui na Ilha de Páscoa, os passeios com guia e todos os transfers. No passeio de Pascoa, usei um privado e um coletivo. No privado, o guia era Rapa Nui, tente isso também. Vale a pena, os bastidores da Ilha impressionam… Os passeios na Polinésia contratei lá mesmo, mas sugiro uma olhada antes, porque via de regra os pacotes tem 3 dias em cada ilha. É apertado para inventar moda nos passeios, já que o tempo é curto, as opções são muitas, e você precisa aproveitar aqueles hotéis maravilhosos com suas praias privativas. A sugestão é Safari em Moorea, e o passeio aquático em Bora Bora. A ilha de Moorea é linda, e o mar de Bora Bora é perfeito. Mas todos de meio turno. Passar o dia fora do hotel não é negócio em passeio nenhum. Acredite.

O que levar: Tudo lá é caro. As ilhas são longe de tudo, a importação pega forte e portanto, tudo custa muito dentro e fora dos hotéis. De equipamentos sugiro uma máquina semi ou profissional, mais uma pequena de bolso, e uma filmadora dessas novas, de bolso e leves. Um pecado que cometi foi não ter levado máquina a prova d’água. Esqueci completamente, e me arrependi profundamente. São caras, eu sei. Mas leve pelo menos aquelas descartáveis, baratinhas, pelo menos para quebrar o galho nos corais e no mergulho com os tubarões. Muitos pentes de memória. Eu levei 18 gigas em pentes e cheguei com tudo lotado. Claro que as fotos pedem resolução máxima da máquina. Use. Cases para todas elas, e se fizer Páscoa também, material impermeabilizado para protegê-las. Não há chance de não levar um banho em Páscoa. Um diferencial que mudou totalmente o registro da nossa viagem, e fez muito vizinho de passeio ou de bungalow morrer de inveja foi o tripé. É barato, leve, super fácil e rápido de montar, e você tira fotos do casal sem precisar de ninguém batendo foto torta, borrada, de má vontade ou sujando a leica da sua máquina. Sério, leve um tripé para a Polinésia. Não precisa adaptador de tomadas, é o nosso padrão. Em Páscoa, tenha cuidado para ela não voar com o vento, que é impressionante. Protetor solar, roupas leves, e não esqueça que a Air Tahiti só permite 20 Kg na mala principal, e 3 Kg na de mão. E conferem. Mas não precisa mais carga, esse peso dá e sobra. Páscoa exige jaqueta impermeável e alguma roupa de frio. Na Polinésia, óculos de mergulho e material de snorkeling são fornecidos pelo hotel, mas vale a pena levar óculos de natação, protetor solar e acessórios de praia. Em Moorea os resorts estão na ilha principal, existem mercadinhos para os lanches. Em Bora Bora, agende uma ida ao centro para comprinhas em mercado, ou vai pagar quase 15 reais por garrafinha pequena de água, por uma semana. Todos os hóspedes fazem isso, sem exceção.

Lá se fala francês, tahitiano, e um inglês razoável. Então, isso não será problema. Sobre o tempo, cuidado com a época que você vai, em novembro começa a temporada de chuva, e janeiro e fevereiro são os meses mais chuvosos. De planejamento e dicas gerais, era isso. Nos próximos posts, vamos aprofundar a conversa sobre Papeete, Moorea, Bora Bora e Ilha de Páscoa. Até mais!

Links Úteis:

STB, Rede SPM de Resorts, Tahiti Turismo, Tahiti Nui Travel

Imagens: Arquivo Pessoal, sem tratamento

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