Descasamento, a festa.

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    Dizem que esse ano é um daqueles pesados, agitados, em que não se deve tomar decisões bruscas nem colocar em cheque coisas importantes. E assim tem se confirmado. Quem anda rebolando muito, acaba caindo a bunda. Mas na contra-mão dos conselhos, este é mais um ano agitado no quesito brigas, divórcios, ou em linguagem mais moderna: descasamentos.

    A nova onda começou nos Estados Unidos, ganhou espaço, teve mutações e agora chegam ao Brasil alguns dos modelos de festas de descasamentos! Enquanto alguns reúnem amigos ou familiares em casa, bares ou restaurantes, outros promovem festas fortes, inclusive com direito à queima de cartas e lembranças da união falida. Alguns promovem até o enterro das alianças com caixão e tudo!
    A idéia na verdade não é celebrar o fim do casamento, mas sim de criar um grande marco no momento dessa pessoa, e de quebra reapresentar o novo disponível ao mercado. De certa forma é até saudável, apesar de parecer meio sinistro, pois ao invés da depressão, tristeza e isolamento comum após um trauma de divórcio, o novo descasado queima logo seus monstros e sai pra vida.

    É claro que chegando no Brasil a festa de descasamento já ganha com a nossa criatividade, já existem acessórios, decoração, doces (bem-descasado…) e toda uma produção especial para a grande noite do recém descasado. Algumas raras exceções inclusive fazem a festa juntos, mas aí tem que ter muita amizade… E talvez nada para dividir (ou tanto que não faz diferença). E você, que tipo de festa escolheria? Com bolo ou sem bolo?

    Mas não esqueça que, no caso de ter filhos, estes não vão achar nenhuma graça de seus pais comemorando o divórcio e o fim da linda família feliz. Aliás, para quem tem filho, divórcio pode ser um trauma insuperável! Então, muita calma nessa hora, ou pode acabar com o bolo de descasamento estampado na cara no meio da festa! Ou então com um filhote rebelde aprontando todas por aí.
    Outro que não vai gostar é o sogrão, que gastou o saci e o cachimbo na festa de casamento, e agora paga de bobo pra paróquia toda!

    Dúvida: Será que na festa de descasamento o lua de mel é obrigatória?

    Tempo, quem tem?

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    Quem tem tempo? Você tem tempo? Mas não estou falando de tempo entre baladas, jantas da galera e cia Ltda do entretenimento juvenil. Nem do tempo de participar do conselho do seu clube do coração, de atividades no clube de vela e dessas coisas de diretor de empresa bem resolvido financeiramente. Estou falando de tempo, de ler, de estudar, de aumentar a produção individual e corporativa.

    Eu tenho defendido uma teoria sobre o tempo. E ela é relacionado com a idade. Sim, com a idade, profissional. Vamos exercitar essa teoria juntos (Admitindo carreiras executivas ou profissionais liberais de sucesso ou nesse caminho):

    Etapa 1 – Visualizando os dados e as condições de contorno:
    -Pense em quantos anos você tem;
    -Pense nas responsabilidades que você tem e quanto você atinge delas;
    -Agora tente visualizar as fases da nossa vida em uma visão particular, com idades aproximadas, logicamente: Criança (até 15), jovem estudante, (até 22) jovem profissional (até 25), profissional em crescimento (até 35), profissional sênior (até 50), manda-chuvas (acima de 50);
    -Tente então, imaginar as prioridades, as necessidades e as responsabilidades de cada uma dessas fases que listamos anteriormente.

    Etapa 2 – Compilando as informações:
    -Crianças: são crianças, seu papel é absorver o que seus influenciadores tem de bom, formar seu caráter e não fazer nenhuma merda muito significativa como começar a fumar ou viciar em alguma coisa estúpida;

    -Jovem estudante: tem uma tarefa dificílima, encontrar sua vocação (pois o sistema de ensino brasileiro é um túnel sem saída em nível de graduação). Depois disso, normalmente tem que aprender, ou aprender e trabalhar para pagar suas contas e continuar sem fazer nada estúpido a exemplo do citado anteriormente. Também precisa fazer festa, socializar e fazer amizades;

    -Jovem profissional: Agora a festa está começando. Já declarou ou está prestes a declarar sua independência financeira, está entrando no mundo dos negócios e aprendendo muito mais que na faculdade. Precisa mostrar sua capacidade, fazer contatos e se estabelecer como um profissional sério e promissor;

    -Profissional em crescimento: Aqui estão as engrenagens do país. Este cara precisa se sustentar, precisa colocar em prática tudo o que aprendeu até agora, precisa buscar ferramentas extras agora que já tem alguma carga de experiência no mercado (pós, MBA, mestrado, línguas complementares..) e precisa dar um jeito de estruturar sua condição financeira, pois precisa compor sua família… O profissional em crescimento leva esse nome não porque os outros não crescem, mas porque nessa idade, esse profissional precisa crescer na vertical, ou não terá o resultado de sucesso que desenhou.
    -Profissional sênior: Em teoria já tem uma certa estabilidade, uma condição de vida mais favorável e tem cancha suficiente para administrar mais tranquilamente as situações. A carrreira acadêmica tende a estar completa e sendo reciclada com cursos menos traumáticos ao tempo disponível. Mas dedicam maior tempo à família;

    -Manda-chuvas: Bom, estes em teoria fazem seu tempo conforme sua personalidade. Se é hard-worker, continua a mil. Se é mais família, está mais em casa. Distribui seu tempo conforme sua preferência.

    Etapa 3 – Divagando para concluir:

    Um tempo atrás marquei com 2 colegas de faculdade e grandes amigos um bate papo. Marcamos as 8. Um chegou 8 e meia, outro as 9. Conversamos meia hora, e na maior parte do tempo o assunto foi a dificuldade de nos encontrar, de manter as amizades e os contatos. Depois de algum tempo, algumas idéias e ações, surgia um grupo multi-disciplinar convidado de vários dos meus círculos de amizades, profissionais, acadêmicos e esportivos. Hoje temos um grupo de mais de 30 pessoas, a maioria entre 30 e 35 anos, e não conseguimos reunir mais de 10 pessoas em um encontro. E eles são mensais. Já passei por 3 das fases, hoje costumo brincar que estou girando as engrenagens desse país. De todas que passei, nada se compara a essa em relação à tempo. Isso considerando que estudei em turno integral no segundo grau, durante a faculdade tinha inúmeras atividades paralelas (não trabalhava, é verdade), mas nada se compara a idade de girar as engrenagens.
    Na fase do profissional que está se desenvolvendo, cuidando da carreira e fazendo sua organização crescer e faturar, o tempo vira poeira. Não estou dizendo que essa é a única fase que não tem tempo. As mudanças do mundo globalizado oferecem tanto o que fazer, e tão rápido, que ninguém tem tempo pra mais nada. Mas na idade da engrenagem… Tensão, decisões, responsabilidades, cursos, metas, metas, metas, prioridades, objetivos… Assim estamos todos nós, da banda dos 30 e poucos, girando as engrenagens desse país.

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