As Cataratas do Niagara são um clássico. Tenho uma super memória da primeira vez que ouvi falar dela: Num desenho animado do pica pau, que descia as cataratas em um barril! Isso aí! Pode rir! Desde então esse ponto turístico ficou aguardando na minha mente, uma oportunidade pra ser desvendado.

A cidade de Niagara Falls na verdade são duas. Uma no Canadá, e outra nos Estados Unidos, unidas por duas pontes, e separadas pelo rio de óbvio nome. Vamos falar aqui do lado canadense, que tem perto de 80 mil habitantes, e praticamente vive do turismo envolvido nas lendárias águas.

A cidade é bem arrumadinha, mas não tem grandes atrativos. Tudo fica envolta das águas, inclusive o principal hotel, de cara pro gol. Um belo Sheraton com atrativos preços. Por ali temos fast food, por óbvio, e lojinhas com souvenirs bem fracos. Nesse ponto dá saudade da europa.

Então vamos ao principal. As Cataratas! Para os brasileiros que já conhecem Foz do Iguaçu, a tradicional queda de água dos vizinhos do norte deixa a desejar. Nem se compara, nem de longe. Parece um brinquedinho, na verdade, perto das nossas. Mas, vamos lá, ninguém sai do Brasil e vai até lá pra ver ela. Você vai a Toronto, e no caminho pra Niagara on the Lake passa por lá. E aí é claro que vale o stop de algumas (poucas) horas.

Niagara on the Lake (tem dois artigos específicos sober ela aqui no site) não tem trem, então quem não quer alugar carro em Toronto pra encarar trânsito de megalópole, pode fazer como eu fiz: Trem de Toronto até Niagara Falls, e lá alugar um carro ao estilo canadense, para depois de algumas horas na cidade, seguir a vida.

Uma curiosidade sobre alugar carros no Canadá, no meu caso, foi a pressão pra pegar um camionete gigante. Quando digo gigante, não são as SUVs médias que existem no Brasil. Quase fuscas pra eles. São aquelas que beiram um pequeno caminhão, raramente vistas por aqui. Loquei um carro grande, sedã potente, barulhento e nervoso. O vendedor me olhou torto, e perguntou porque um carro tão pequeno. Tentei argumentar que era um sedã médio grande. Ele riu. Você está no Canadá, dirija como um canadense! Falou sério! E saiu mostrando os gigantes Dodge RAM dupladas e estendidas. Não me convenceu. Ofereceu de graça a diferença pelo meu Dodge potente, e ficou num misto de fúria e decepção quando mesmo assim recusei. Aquilo era grande demais, e eu não sabia como seria garagem e tal, no meu destino. Que nada. Fui feliz com meu dodge de criança.

Bom. As quedas não são Foz do Iguaçu, mas nem por isso deixam de ser bem legais. A força das águas é bem grande, a água parece ser bem limpa e bem bonita. A vista é meio de longe, fora dos barcos. Não tem passarelas como na Foz (olha o chato comparando de novo), mas pelo menos tem vários mirantes. A maioria dos turistas lá claro que é americano.

O principal programa da rodada é pegar um dos barcos, que vão bem perto das quedas e certamente molham o povo todo. Tem o azul e o vermelho. Escolha sua cor, coloque o colete e bom banho! Não fomos, primeiro porque já estávamos ansiosos pra chegar em Niagara on the Lake, segundo porque… Já sabem né? Fizemos isso na Foz e já basta!

É uma cidade de algumas horas. 2 ou 3. Mais, só se for bonzinho. Dá pra colocar uma refeição aí no meio, mas, se o destino final for Niagara on the Lake, nem pensa. Vá pra lá curtir um restaurante cheio de classe.

Dar um pulinho nos EUA é instantâneo, só atravessar a ponte. Até nós que não queríamos (estavamos sem visto válido) acabamos indo sem querer. E saímos rapidinho, claro. Mas pelo menos na cidade de mesmo nome, não espere grandes diferenças!

Imagens: Arquivo Pessoal

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