Niagara on the Lake parece uma cidade de conto de fadas. Ou daqueles filmes românticos ao melhor estilo supercine. Em Ontário, separada dos Estados Unidos apenas pelo rio Niágara, a cidade tem pouco mais de 15 mil habitantes, e um charme como poucas cidades que já vi.

Somente 1 hora e meia separam a cosmopolita e cidade mundial Toronto da adocicada Niagara on the Lake, que já se chamou somente Niagara, ganhando o nome composto  pra se diferenciar das Cataratas. O trem não chega na cidade, então achamos bem prático pegar um trem em Toronto até Niagara Falls, alugar um carro e seguir em um possante até lá. O que foi uma excelente ideia, porque o visual é ótimo em todo o breve percurso.

Dá pra se dizer que a cidade não é uma rua. É uma esquina. É mesmo! Ela fica sinucada pelo Rio Niagara e o lindíssimo e calmo Lago Ontário. É tão perto de Toronto que dá pra ver a cidade e sua mega torre do parque que contorna o lago.

Nós temos uma liga com grandes eventos. Nem me surpreendo mais quando chegamos a um país, ou cidade, ou estado, enfim, e no meio da estada tem algum super evento, como o Dia do Canadá, Independência de qualquer coisa, ou até encontro do G7, como foi em Taormina. É impressionante. Em Toronto pegamos o dia do Canadá. Em Niagara on the Lake pegamos a semana de Teatro, que é um super evento na cidade. Peças clássicas e tal.

Mas, isso teve consequências. Não conseguimos vagas no hotel cartão postal da cidade. Primeira e quarta foto. Prince of Wales. Lindo, requintado, uma verdadeira atração por si só. Coleciona prêmios, e claro, não chega a ser econômico. De hospedagem em hotel, central, é só esse mesmo. Depois tem Hilton mais afastado, mas eu recomendaria um hábito da cidade: As Guest House. São fantásticas, um experiência bem bacana!

Ficamos no extraordinário Demi s Place Bed and Breakfast. No próximo post falaremos desta Guest House com algumas fotos, por hora fica a dica de ou se hospedar no poderoso Prince of Wales, ou partir pra uma adorável Guest House, conhecer outros hóspedes (geralmente tem poucos quartos, café da manhã gourmet e com hora marcada) e interagir com os proprietários.

Apesar de a cidade ser bem pequena, é bastante aconselhável estar de carro. Por lá tem vinícolas, fortes e muitas residências que valem a pena ser vistas. Provavelmente boa parte seja de férias, pois a cidade tem todo um jeitão de Gramado Canadense.

A arquitetura é muito estilosa, bem tradicional, da rua as vezes asfaltada, as vezes mais brita, para as casas só há grama, e fica no mesmo nível. Os terrenos são geralmente grandes e toda a cidade funciona numa velocidade bastante agradável. Pegamos um que outro momento com cardume de turistas típicos de grandes cidades turísticas, principalmente em comboios vindos de New York. Fora isso, o turismo era bem equalizado, bem qualificado e geralmente de pessoal de mais idade buscando bons restaurantes, conforto, tranquilidade e vistas lindas.

A qualidade está nas lojas, nos cafés, sorveterias e restaurantes. Tudo lindo, arrumadíssimo e de ótima qualidade. E preço, naturalmente. É uma cidade visivelmente pra um turista qualificado. Sentar-se em um banco da praça absurdamente lotada de flores perfeitas e tudo no seu lugar e deixar o tempo correr sem pressa alguma, passa uma paz impagável. Férias de verdade, diriam alguns, chegando de Toronto. Que foi o que fizemos, e me parece a ordem natural das coisas. Chegar ao Canadá via Toronto, passar pelo batidão de conhecer a mega cidade, e depois rever as energias em uma mini cidade de conto de fadas.

A foto abaixo mostra o caminho que circula o parque do Lago Ontário. Caminhando e curtindo a paz desse lugar, tem-se a vista de Toronto, do forte americano logo ali ao lado, perto de Buffalo. Eu diria que essa cidade é obrigatória pra quem vai a Toronto. No próximo artigo seguimos em Niagara on the Lake!

Imagens: Arquivo Pessoal
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