Palermo, a capital da gigante ilha italiana, certamente é a cidade mais conhecida da Sicília, mas diria que é uma referência bem errada para turismo nessa particular ilha. Vou explicando, logo adiante, mas já tenha a certeza que não uma cidade assim, que super indico pra conhecer como objetivo real.

A cidade tem mais de 700 mil habitantes, embora rodando por lá dê a sensação de ser até maior que isso. É a quinta maior cidade da Itália, o que não pouca coisa.  Alguns pontos da cidade, com as fotos acima e abaixo, até dão a impressão de uma cidade assim, que se espera de um importante polo europeu. Mas, eles são raros. Bem raros.

Quase toda a cidade é bem zoada, feia, mal cuidada, edificações super decadentes e suja para o padrão europeu, enfim. A arquitetura se repete bastante, e a foto abaixo ilustra bastante a cidade como ela é. Quase tudo dessa cor, quase tudo mal pintado, meio desbotado e mal cuidado.

Alguns grandes edifícios salvam o passeio da cidade com menos oportunidade de fotografar que se espera de uma grande cidade italiana. Isso, pra uma cidade (e grande), italiana, realmente é quase inacreditável. É, mas acredite. Apesar de toda a influência secular de fenícios, sículos (os habitantes originais), gregos e romanos, não é aquela cidade que termina com a bateria dos equipamentos fotográficos.

Quando se fala em Sicília, é bem útil ter carro. Quase obrigatório. Mas em Palermo, esqueça. Esqueça, mesmo. O trânsito não é terrível. Ultrapassa isso. É simplesmente bizarro. As pessoas são loucas, descuidadas, beirando a irresponsabilidade. Se for a Palermo, entregue o carro anets e vá de trem. Até porque, o trem na Sicília é quase de graça, preço de cafezinho.

Uma das coisas que mais me chamou atenção em Palermo, foi a quantidade de turistas. Tudo o que não se viu no restante da Sicília, de turista internacional, se viu em Palermo. Nas excelentes pequenas cidades Sicilianas, praticamente só se via turista interno. Já em Palermo, um mar de turistas internacionais. Certamente desavisados como nós, perdendo nosso tempo por ali.

Um dos lugares que acabamos não indo, foi a praia perferida da turma de Palermo, Mondello. Uma das linhas do bus turístico leva até lá. By the way, o bus turístico hop on op off certamente é a melhor maneira de rodar pela cidade. São três linhas, vale a pena. Demoradas, porque tudo é longe e ao trânsito… Bom, já falei do trânsito.

No final de semana é até agradável caminhar pelo centro, pegamos várias ruas fechadas e bem moviementadas, não sei se por algum evento específico, ou se é todo findi assim. Alguns parques também são agradáveis, mas com tudo o que a Sicília tem para oferecer, melhor focar em outras cidades e passar voando pela capital.

Pois bem, quanto tempo ficar na cidade? Ficamos 3 noites, e sobrou tempo pra caramba. Apesar de confessar que a cidade me desiludiu de largada e a contade de correr mundo por lá diminuiu bastante. Deu uma dor no coração lembrar que Taormina poderia ter ganho um tempo extra, ter entrado em Catânia, o passeio de Noto que ficou de fora, enfim. Se não fosse na Sicília que tem tanta coisa, daria pra dedicar mais tempo na idade. Mas imaginando que dificilmente alguém passa 20 dias só na Sicília, e que ela acaba levando uma parte de uma viagem que ou compreende o sul da Itália no continente, ou como nós, subindo Sardenha e Córsega, diria que duas noites ali é até exagero.

Bem, os pontos tidos como imperdíveis na cidade, são: Palácio Real e a Capela Palatina,  mercado de Ballarò, a Catedral, os Quattro Canti e o Teatro Massimo. Claro que existem prédios monumentais pela cidade, mas a grande maioria bastante decadende, com aquela cor de sempre e o aspecto de abandono.

Aproveite Palermo pra comer bem, se hospede em uma boa localização, porque a parte central é bacana de caminhar sem pressa, e é bem grandinha, e se prepare pra uma overdose de prédios mal cuidados e decadentes. Vá esperando, pra não levar o choque lá, como nós, e desanimar na chegada!

Claro que uam cidade italiana, por mais atravessada que seja, e Palermo é, tem que ter algo de bom. E é a gastronomia. Bom, Itália né… Mas não. Não é porque é Itália. Até porque, ouvi em mais de um lugar (isso foi mais no interior mesmo), que eles são sicilianos, não italianos. Então não espere tudo exatamente igual. As influências na Sicília são bem diferentes.

Que tal esse brioche e gelato de sobremesa? Falamos no post geral da Sicília das outras especiarias dessa ilha, mas não custa reforçar o que você não pode deixar de comer em Palermo: O Cannolo, de vários tipos, a Cassata, a Pasta di Mandorla, a Granita, e pros viciados em pische como eu, vários doces e molhos com a especiaria.

Assim como no restante da Sicília, a arte em objetos em Palermo é muito sedutora. Não é tão fácil de encontrar lojas bacanas, como nas cidades pequenas que concentram tudo no centrinho, mas elas estão por lá, exibindo peças e mais peças quevocê precisa levar junto com você!

Imagens: Arquivo Pessoal

#nofilter

 

 

 

Related Posts with Thumbnails