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    Quem é o Y da questão?

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    Um dos grandes desafios do mundo dos negócios atual é saber gerenciar as diferentes gerações que estão atuando no mercado. As condições de contorno de cada uma dessas gerações são tão diferenciadas que os comportamentos resultantes exigem um estudo cuidadoso, para que essas relações tenham o sucesso esperado. O X da questão, agora é a Y. A irreverente geração que invade o mercado.

    Hoje o mercado opera com quatro gerações ativas, cada uma com suas influências, suas condicionantes e seu resultado final, ou seja, seu comportamento. São elas, divididas por um período temporal aproximado:

    Veteranos – 1925 – 1945;
    Baby Boomers – 1945 – 1964;
    Geração X – 1965 – 1980;
    Geração Y – 1980 – 2000.

    O que uma geração vive, irá determinar o que essa geração será, portanto as influências são fundamentais para entender as características de cada uma delas, o que vai nos permitir entender porque é tão difícil gerenciar o relacionamento entre elas.
    A geração dos Veteranos, também chamada geração silenciosa, viveu tempos de guerra. Nasceu em período de forte crise econômica, escutou rádio e assistiu Charles Chapplin. Pela situação adversa onde foram forjados, os veteranos são pessoas dedicadas, que entendem e se conformam com o sacrifício. Eles admitem recompensas tardias, são rígidos e tem muito respeito por autoridade e regras. Certamente essas características afetam diretamente o comportamento dos Veteranos nas organizações. Eles consideram que o dever vem antes do prazer, o mesmo dever que é obrigação e consideram que a paciência é auto gratificante. São os Veteranos! Hardworkers!
    Nascidos após a Segunda Guerra Mundial, os Baby Boomers levam esse nome por nascerem em uma época de explosão da nascimentos, devido ao crescimento econômico do pós guerra, e claro, a volta sedenta dos soldados… É a geração revolucionária, que assistiu TV, viveu Woodstock fumando um belo cachimbo, e cresceu em um ambiente familiar muito forte, com a presença da mãe em casa.São otimistas, valorizam o bem estar e a saúde, são competitivos e se envolvem nas situações que os rodeam. Os Babys ainda não conseguem compatibilizar a vida pessoal com o trabalho, são viciados em trabalho e definidos pela sua profissão. Eles gostam de se sentir necessários e valorizados, e para isso sacrificam a vida pessoal pela profissional. Preferem resolver os problemas em reuniões pessoais, fato conflitante com as possibilidades de comunicação atuais. Hoje no mercado os Babys são muito relevantes, pois normalmente ocupam cargos significativos na hierarquia das empresas. A maioria dos nossos diretores ainda são Babys.
    Então é chegado o momento da pragmática Geração X assumir o seu lugar. A Geração X nasceu em situação mais diversa, sem as grandes marcas das gerações anteriores. Muitos tiveram pais divorciados e com as mães no trabalho. Essa geração começa com uma tecnologia mais arcaica e escutando música no walkman. A Geração X é marcada pela diversidade, equilíbrio, é uma geração que valoriza a diversão. A competitividade é uma marca dessa geração. Resistente, independente e adaptável. Assumem o emprego de uma forma séria, mas trabalham para viver, e não vivem para trabalhar. Entram e saem das empresas conforme a necessidade familiar, e é na família que essa geração enfrenta algumas verdades que as outras gerações deixavam passar. Fazem as coisas de maneira pragmática, e tendem a resolver os problemas por telefone mesmo, sem necessidade de reuniões. A geração X normalmente está em níveis gerenciais, com a difícil tarefa de comandar a geração Y…

    Geração Y, a geração da internet, a geração do milênio. Os Ys nasceram no meio da prosperidade, pegaram a era FHC e assistiram o impeachment do Collor. Essa geração grava seus dados em pen drives, escutam música em Ipods e gravam CDs e DVDs. São os poderosos nativos da internet. As demais gerações podem até saber e conhecer, mas são imigrantes na tecnologia. Só os Ys tem a internet no sangue. A galerinha da Y é coletiva, são muito sociais, compartilhadores natos. Eles questionam qualquer coisa, no emprego não temem mudança, e só ficam lá se realmente gostam. Preferem horários flexíveis, tem muita habilidade tecnológica, usam os recursos sem manual e são irreverentes, muito irreverentes.

    É uma geração multitarefas, são capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo, são auto-centrados e acham que sabem tudo. Foram criados pelos baby-boomers, como muita autonomia e independência. Como só ganhavam elogios, tem dificuldade com feedback. São tenazes, tem elevada auto estima, porém teimosos e egoístas. Aprendem em pares, na tentativa e erro e trabalham melhor em equipe. São antenados mas muito impacientes, acreditam que o tempo é curto e acabam tendo visão de curto prazo. São empreendedores, criativos, inovadores e ambiciosos, mas apresentam baixa atenção concentrada e são angustiados, com alta tendência a depressão.

    Uma das vantagens dos Ys em relação às demais gerações, é que no Brasil ela é a primeira que não foi “castrada”, tornando o brasileiro o ser inferior frente às grandes nações do mundo. A geração Y foi ensinada a “poder”tudo! Por outro lado tem dificuldade com a consequência dos seus atos, já que visualizam o “Reset and Restart”sempre a sua frente. A dificuldade de lidar com pessoas “difíceis” também deriva da mesma linha, do botão “delete”. Essa galerinha tem uma forma própria de se comunicar, e é muito difícil para as demais gerações acompanhar a escalada de ferramentas que eles usam. Com baixa resistência a frustração, os Ys devem ser acompanhados de perto por seus gestores quando seus projetos não saem como deveriam… Mas eles estão aí, entrando porta adentro do mercado, atropelando as demais gerações com a sua pressa, e já criando uma dependência da sua criatividade e capacidade. Então, que as organizações se preparem para lidar com seu futuro!

    E como se atrai um Y para sua organização?
    Ora, obviamente com tecnologia, mostrando sempre possibilidades reais de crescimento, e apresentando uma empresa flexível com um ambiente agradável, afinal de contas… O Y quer mesmo é ser feliz!
    O Y precisa ter voz e vez, tem que pertencer, contribuir. E ele adora equilibrar a vida pessoal e profissional, afinal de contas, não veio ao mundo só para trabalhar!

    Agora senhores estão definitivamente apresentadas todas as gerações e suas características, suas brutais diferenças, temores e anseios. O que, então, os gestores precisam para que esse explosivo coquetel de pessoas não exploda levando junto todo o talento e solidez do seu negócio?
    Identificar é a chave, informar e provocar discussões é o segundo passo para que aconteça a troca de experiências. A flexibilidade entre as gerações deve ser estimulada, além de paciência e o jogo de cintura na forma de comandar. Não esquecendo nunca o plano de carreira bem claro, e com datas, porque essa garotada é apressada….

    No mais, Veteranos, Babys, Xs e Ys, mãos a obra! Temos um mundo de negócios todo bagunçado aí na nossa volta! E é esse o povo que tem que resolver!

    E para quem se interessou pelo tema, e quer se aprofundar no assunto…

    Millenial Leaders – Bea Fields – S. Wilder
    Generation Blend – Rob Salkowitz
    Got Game – John Beck – Mitchell Wade
    Generations at work – Ron Zemke

    O Mundo de dois clicks!

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    Já faz um bom tempo, alguns anos na verdade, que a comunicação mundial mudou. A internet virou tudo de cabeça para baixo de uma maneira tão revolucionária que é quase uma piada estabelecer paralelos. A nova geração, a tão falada Y, nem sabe mais imaginar como era antes! Mas esse tema já é tão batido que não há mais nada a dizer. Nada a declarar!

    Mas apesar desse conhecimento que já temos sobre essa revolução, algumas coisas ainda deixam espantados até mesmo os usuários mais antigos da comunicação virtual. O pessoal lá do ICQ, do mIRC e Cia Ltda. Tudo é em tempo real. Sim, em tempo real. O fenômeno da multiplicação está estabelecido em um número tão grande de fontes e meios, que só lista-los já é tarefa massante e cansativa.

    Então o que mesmo seria capaz de chamar atenção? Susan Boyle. Susan Boyle seria capaz de chamar a atenção! Esta irlandesa quase cinquentona, que desbancou a pretensão de um programa de talentos de transformá-la na piada da semana, e consegui se transformar na personalidade do momento. Em menos de um mês, após fazer uma impressionante interpretação de I dreamed a dream, do musical Os miseráveis, ela se tornou uma celebridade. Após a apresentação no Britain’s Got Talent, um dos jurados do programa, Simon Cowell, já anunciou que pretende fazer um filme com a história da nossa heroína. E para representar Susan, nada mais nada menos do que Demi Moore.

    Do anonimato para a celebridade em alguns dias, devido a uma apresentação de não mais do que 10 minutos, e mais de 100 milhões de acessos no You Tube. O mundo conheceu Susan pelo site de hospedagem de vídeos. Lá, o equivalente a quase metade da população do Brasil se emocionou, assistiu, repetiu a dose, contou para todo mundo, comentou no blog, enviou email, e assim a irlandesa que mora em um vilarejo em Blackburn, West Lothian, vai ser imortalizada no cinema. 2 clicks que mudaram uma vida em alguns dias. Susan foi entrevistada por televisões de alguns países, outras músicas já varreram a internet como um tsunami! São 15 minutos de fama. Sim. Vão mudar a vida de Susan. Sim. Mas o que impressiona mesmo, a capacidade da mídia atual criar maremotos com a mais simples das histórias. Em 2 clicks se corre o mundo.

    É tempo de exposição. Todos os canais de informação estão interligados, não importa o país, a cidade, a localidade, não importa a língua, nada mais importa. É tempo real. Mas sobretudo, é tempo de clãs. De fãs clubes, de tribos. É tempo de blogs interligados, de grupos, é a geração internet que trabalha junto, compartilhando tudo. Essa é a grande diferença. A informação estar disponível é o fato. Como ela caminha pelas tribos é que são elas!

    A geração internet (Y) compartilha tudo. Hoje não mais consultamos tabelas técnicas para saber qual o melhor carro para se comprar. Consultamos foruns, onde milhares de pessoas fazem questão de ir lá compartilhar suas experiências reais. Essa é a grande chave. Aqui está o diferencial do momento. As pessoas compartilham. Suas opiniões, suas músicas, seus vídeos, as suas novidades, então o mundo gira em segundos! Nas 23h 56m 4,09 s que a Terra demora para executar sua manobra de rotação em torno de seu eixo, uma desconhecida vira celebridade. Uma celebridade é reduzida a pó por um simples video feito do celular do vizinho, tudo postado em alguma site e pulverizada em milhares de blogs, sites, e lavadas de “boca a boca”, que agora tem realmente uma leitura megalomaniaca.

    Susan Boyle compartilhou com todos nós os seus sonhos. Provou que era possível, e o mundo inteiro conferiu, compartilhou, aplaudiu, se emocionou e adicionou aos favoritos. Juntamente com outros 1.760.987.981.909.090 vídeos!

    I dreamed…

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