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    Ladrão que rouba ladrão… Também não é pego não.

    Essa veio lá da Província. E não é estória. É fato. E não é fato jurídico, porque nem a policia viu. Imagina o jurídico. Até porque, o jurídico mais solta do que polícia prende. Enfim. Veio da Província. E é atual. Atual 2011 mesmo, no duro.

    A cena começa normal. É, isso é o pior. Banalizou. Banalizou porque só tem banana lá em cima. Lá em cima da mesa, lá em cima da grade, lá em cima com o martelo. Só deu banana, daí banalizou, a violência. Porque a única coisa que segura o ser humano é o medo. Se não tem medo, o ser deixa de ser humano. E aí, bummm, explode o cofre do banco, arranca a bolsa da vovozinha, bate a carteira do engomadinho, limpa a conta do arigó em informática. E faz isso porque não tem medo.  Impunidade. Aí danou-se. Ou melhor, roubou-se. Arrombou-se. Dá-lhe bananas. As leis são ultrapassadas, lá de 1900 e guaraná de rolha. Os caras aqueles, é, aqueles lá da “casa” congressista, tadinhos, mal sabem o que fazem lá. Sério, tenho pena deles. Ganham rios de dinheiro. Mas nem sabem o que estão votando. Nunca sabem. Só dois ou três é que sabem. Enchem o  bolso de dinheiro, e nem sabem o que fizeram para isso. Tenho pena, porque né, só a justiça do homem é que falha. Só. Então lá de cima só vem babaquice, e protetor de bandido. Isso até pegarem a filha deles. Ideologistas de biblioteca, “que ficam atrás da mesa com o cú na mão.” Direitos humanos, sei. Mas é para humanos, né? Então. Cadê humanos? Depois vem descendo a escada, e nada funciona. Virou uma máquina. Que funciona ao contrário. Nem vou explicar, conversa velha, vejam Tropa de Elite, lá tem tudo.

    Então, como ia dizendo antes de alguém me roubar a linha da raciocínio, a cena começou normal. Normal para os tristes e vergonhosos padrões brasileiros, normal para os lamentáveis e medonhos padrões aqui da Província de São Pedro, normal porque os bananas deixaram banalizar. Ei, nós também somos bananas. Porque os bananas só estão lá bananiando porque os bananinhas aqui de baixo continuam adubando as bananeiras. Com voto, com omissão, com covardia. Daí que só da banana. Um bandido assalta um casal, e leva o seu carro. Normal. Quem já não passou por isso, conhece 40 pessoas que já passaram. Não, não conhecem alguém que já passou por isso. Essa já é velha. E faz tempo. Conhecem 40 mesmo. Os tímidos, né?

    Então a cena normal entrou em progressão geométrica, e a velha piada saiu do papel. Claro, com tanto roubo de carro, só poderia mesmo terminar nisso. O cidadão vai lá e faz o normal: Assalta alguém e rouba o seu carro. Entra na caranga alheia, e quando vai levar sua nova “aquisição” para o desmanche, ou para o Paraguai, ou para assaltar outra coisa pela qual não seria preso, e se fosse preso seria solto porque é réu milenário… Tcharammm! É assaltado! O ladrão, é assaltado. Perdeu ladrão, perdeu! Três novos bandidos assaltam o assaltante, e roubam o carro do casal roubado, e roubam o revólver do primeiro assaltante. É mole? É banana. Banana para todo lado. Aqui na Província, ladrão que se cuide, porque senão, acaba roubado no meio do roubo! Ah claro, o coitado do primeiro assaltado é bi-roubado. Os bandidos novos, quer dizer, os últimos, sequestram ele. Pelo menos soltam em seguida. Ufa! Bandidos legais. E o bandido primeiro, coitado, perdeu o revólver. Mas pelo menos não foi sequestrado! É mole? É não. É Brasil sil!

    Quer casca, ou quer recheio?

    A ocorrência.

    
    
    Imagens: Roubei por aí.

     

     

     

     

     

    2011, Feliz…

    5 comments

    Saúde, dinheiro, felicidade, amor, família, paz, sossego, sucesso…

    São tantas as coisas boas para se desejar em um início de ano, e cada um tem suas prioridades de forma tão particular, que chego a conclusão de que a melhor maneira, o melhor resumo em uma só expressão para se desejar a todos no início de cada ano, é mesmo Muita Merda!

    Essa expressão, tão paradoxal quanto abrangente, é muito usada no meio artístico, dita sempre antes do espetáculo em questão começar, em representação a uma “boa sorte” de maneira genérica. Existem várias teorias sobre a origem dessa interessante e peculiar expressão, mas as mais prováveis são duas, a seguir:

    A primeira teoria reporta a Grécia Antiga, onde o meio artístico sempre muito ácido e crítico, se apresentava em anfiteatros sempre batendo forte na política e classes dominantes, que reagiam jogando merda no palco. Como o objetivo do meio artístico era mesmo criticar, quanto mais merda no palco, mais o objetivo estava alcançado. Ou seja, o que eles queriam era mesmo muita merda! Pois então, merda aos gregos!

    A segunda, menos culta e mais casual, vem da França, e nos conta que o público costumava ir ao teatro em carruagens, naturalmente puxadas por cavalos. E cavalos, né? Fazem muita merda. O público descia da carruagem já pisando onde não devia, e por consequência a quantidade do “artigo” dentro dos teatros era uma representação da quantidade de público presente no espetáculo. Os artistas franceses queriam então, muita merda! Merda também aos franceses!

    A virada do ano é uma espécie de botão “restart” gigantesco, um super botão que reinicia nosso calendário, que dá a impressão, e a sugestão de que temos a oportunidade de mudar tudo o que não está satisfatório, é uma espécie de data cabalística onde refazemos nossos planos, verificamos nossas metas, e tentamos colocar na linha tudo o que julgamos estar fora dela. Se é uma data validada pelos astros, escolhida pelos ETS, tirada na sorte nos dados, ou se é apenas uma convenção, nem importa. O que importa, é que temos este momento de revisar tudo, rever tudo, e reiniciar nosso calendário dos próximos 365 dias com novas e boas energias. Portanto, apreveite o momento, aproveite o dia, e quando clicar no botão de “restart” ao final do dia 31 de dezembro, o faça pensando em tudo que deseja de bom no próximo ano. Então, muita merda também à você brasileiro!

    Com todo carinho, a Artigolândia deseja a você Muita Merda em 2011, seja em carruagens puxadas por cavalos “cagantes”, seja em um teatro lotado com estrume voador!

    Muita Merda!

    Carpe Diem!

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