Então já passeamos pelo paraíso polinésio de quase todas as formas. Chegamos em Papeete, passamos por Moorea, e nos apaixonamos loucamente pela praia mais linda do planeta, Bora Bora. Mas, ainda não mergulhamos nela. E falar de Bora Bora sem mergulhar nas suas águas verde-esmeralda, não vale. Que Bora Bora é um dos melhores lugares do mundo para se mergulhar, isso já é mais do que sabido. O que pouco se fala, é a facilidade absurda para se ver tubarões e cardumes fantásticos de peixes logo ali, no "rasinho"... Porque lugares de mergulho, existem milhares, exóticos, fantásticos, de difícil acesso, desafiadores e tudo mais. Mas uma das maiores vantagens de Bora Bora, é justamente o que se vê, sem precisar de equipamento ou treinamento algum. Bora, de volta pra Bora Bora?

Um aparte. Todas as fotos dos demais posts são de arquivo pessoal. Mas como já comentamos nos outros posts da série, nossa maior furada foi não ter levado máquina para fotos submersas, então, a maioria das fotos deste post foram tiradas por um casal de brasileiros que esteve no mesmo hotel, nos mesmos dias, e fez os mesmos passeios, embora não tenhamos nos falado por lá. O engraçado é que eles encontraram o blog por acaso, e nós os reconhecemos das fotos que eles linkaram no post de Bora Bora. Mundinho pequeno.

Antes mesmo de sair do Bungalow, você já começa a viver a experiência das águas de Bora Bora. A foto acima é de dentro do bungalow, na mesa da sala, que é envidraçada e logo acima do coral artificial. Abaixo, como é esse coral "particular".

Em Bora Bora, profundidade não é documento. Ao contrário da maioria dos pontos de mergulho, Bora Bora apresenta toda sua riqueza e seus encantos em qualquer lugar, em qualquer profundidade. É só manter os olhos atentos, as vezes nem tanto por perder de ver, mas mais para não pisar em cima! Ou se preferir, pergunte ao guia do passeio como beijar uma raia!

Belíssimos cardumes de inúmeras variedades de peixes estão em todos os lugares. Se o seu resort foi bem escolhido, nem precisa ir longe. Logo abaixo do seu bungalow, ou no entorno dele, nos corais das passarelas, é possível nadar cercado de peixes, coloridos e amigáveis. Sim, tem os mais invocadinhos. Um primo desse amarelo bicudinho aí de baixo, cismou que eu estava invadindo o espaço dele, e veio pra cima! Minha sorte é que ele não tinha nenhum amigo tubarão!

Falando em tubarão, no post de Bora Bora eles apareceram mais de longe, com foto batida ainda de dentro do barco. Aqui, dá pra sentir melhor o clima que te circunda quando você pula na água (já estávamos sem a máquina fotográfica), no passeio que promete e cumpre te levar nadar com tubarões. Eles realmente estão lá, são muitos, mas sinceramente, sair nadando rápido nesse ambiente, não caiu muito bem. Vai que um deles pense que é um desafio pra um peguinha, e resolva te acompanhar?

O melhor mesmo é ficar junto com a turma toda, que se joga perto da corda que o guia lança (e que não resolve absolutamente nada no caso dos tubarões resolverem passar por baixo dela, é claro), e curtir os assustadores dentuços quietinho. Mas isso não impede de receber um olhar desconfiado como esse abaixo. Nesse caso, é bom não fazer nenhum movimento brusco, muito menos apontar pernas e braços pra ele. Deixa passar, e se tiver coragem ainda, fica por lá espiando mais um pouco.

Abaixo já é fora do limite da corda, e longe das iscas dos guias. Os tubarões estão tranquilos perto do coral, com tanta comida fácil que nem precisa mastigar, que não teria motivo pra eles perderem tempo com você, grande e cheio de ossos.

Na foto abaixo, o fundo do barco cercado de um gigantesco cardume de belos peixes, perto do grande coral. Isso também é super normal. Ah sim. Se tiver um neoprene, nesse passeio ele vai muito bem, porque os barcos em geral são pequenos e rápidos, o que significa que você se molha todo, e com o vento o frio acaba pegando, mesmo no super sol tahitiano.

Alguns resorts estão bem próximos dessa região, o que é muito bom pra ir até lá de caiaque, ou até nadando. O problema é ter coragem de ficar por lá sozinho, com tanto tubarão dando bandeira ao redor. Saber que nunca teve acidente é uma coisa. Levar um olhada de canto de olho de um dentuço daqueles, frente a frente, já são outros quinhentos.

Finalmente um dos mais belos lugares do passeio, o coral natural próximo aos resorts. É tão rico que a maior preocupação é não pisar em nada, pra não estragar o coral, e pra não acabar com o pé do tamanho de uma melancia. A beleza é fenomenal. Impressiona, mesmo.

Para os aquaristas marinhos de plantão, que tal dar um mergulho no seu próprio aquário? Perfeito, não? Mas só pra lembrar, esse passeio é no turno da manhã, portanto, um esforço é necessário no irresistível café da manhã. Porque ninguém quer passar mal em um passeio desses, né? Coma pouco, porque logo cedo vai precisar ir pra água.

Finalmente pra turma mais avançada, que curte um mergulho profissional, com muitos equipamentos e tudo mais, é só alegria. Se lá no metrinho de profundidade, do ladinho dos resorts todos, o mergulho já é sensacional, imagina bem equipado e sem preocupação de profundidade? Bora Bora é isso aí. Um aquário real, feito no capricho com a perfeição da natureza. Dentro da água, e como já vimos, fora dela também. O paraíso fica mesmo na Polinésia!

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