Planejar uma viagem é uma das melhores partes dela, sem dúvida alguma. Porque você estuda muito cada cidade, estuda sua história, estuda como se movimentar nela, e com o google você até conhece boa parte dela, de longe, claro. Nisso tudo, boa parte da cidade já está absorvida, e quando chega por lá, já se sente mais confortável. Então que faze roteiro de viagem é um show. Ok. Mas agora vamos ver como os roteiros que fizemos no post anterior Planejando o seu Roteiro de Viagem se comportam na prática.

A primeira boa notícia foi o aplicativo do trip advisor, que não é tão conhecido nem tão difundido, mas extremamente eficiente. O problema é que não está disponível em todas as cidades. De qualquer forma, nas grandes, onde realmente faz a diferença, o trip advisor já fez.

Aliado a um celular ou dispositivo com GPS, o app faz maravilhas, te guiando pelas ruas através do "point me there", te mostrando as opções de metrô por perto, assim como restaurantes e outros pontos de interesse que você não selecionou. Nem toda a cidade tem a disponibilidade do metrô, mas isso provavelmente é uma questão de tempo. O que pode acontecer as vezes, é o GPS apanhar pra encontrar o sinal, em ruas muito edificadas e tal. Em Bruges ele praticamente não funcionou, mas lá não tinha o aplicativo, e a delícia da cidade era justamente se perder nas ruelas medievais da agradabilíssima cidade.

O mapa do aplicativo funciona como o mapa da cidade, evitando aquela pinta toda de turistão abrindo um papelão gigante pra ver onde está e pra onde vai. Acessando sua lista de locais preferidos e visualizando no mapa dá pra saber a distância de cada ponto, e ele te leva lá sem se preocupar com nada, só aproveitando a caminhada. App aprovadíssimo e recomendadíssimo.

Já o mapa do google foi mesmo útil pra ajudar a localizar a região do passeio, como lista do que ver e sua ordem, mas nas cidades em que existe o app do trip, o mapa do google vira testemunha da viagem.De qualquer forma, a tarefa de montar o roteiro no google maps te diz muito do que te espera, como a vizinhança, o passeio com o boneco do google pra sentir o clima da região da sua hospedagem, enfim. Talvez o produto final seja bem menos importante do que o processo de montar o google maps das suas atrações.

Uma decisão que evidentemente é pessoal, e de momento de cada um, e que tomei nessa viagem, foi eliminar a opção de cidades com muito pouco tempo. Até agora, mesmo com grandes e pomposas cidades no roteiro, duas das preferidas foram pequenas e com pouco tempo dedicados. Bruges e Bratislava. Cada uma surpreendente a sua maneira. Claro que isso tem muito a ver com o estilo de viagem de cada um, mas a opção de ter um dia a mais do que a cidade merece, pela opinião da sabedoria geral da nação deixa um sabor diferente na viagem. Meu "espírito mochileiro", de aproveitar 100% do tempo na estrada, mas que já era contaminado pelo turno extra em cada cidade, agora perdeu mais um turno pro espírito das viagens mais folgadas. Sentir o clima da cidade, e viver de um turno a um dia sem ter obrigações turísticas faz uma boa diferença, e permite não ficar completamente cansado após 15 dias na estrada.

Um ponto que não foi abordado no planejamento, foi a questão dos equipamentos de registro. E hoje essa coleção é enorme. Ipad, Ipod, Iphone, Itudo. Praticamente qualquer coisa que a gente tenha no bolso, com uma maça mordida ou que seja do mesmo tipo de produto, tira fotos e grava. Mesmo assim, quem gosta de qualidade no registro, vai querer levar alguns brinquedos diferentes. Em uma viagem grande, que também tem grande custo envolvido, pelo menos uma semi-profissional vai muito bem. Estão bem em conta hoje em dia. Mas ela tem lá o seu tamanho, e em muitas ocasiões você vai precisar da máquina de ataque, aquela que foi a sensação poucos anos atrás, e que certamente você tem uma. Essa sim, pode ser substituída pelo celular. Pessoalmente, levei as 3 coisas. Três jogos de memória de 8 giga (colocar todos os ovos em apenas um pente de 32 giga, acho muito risco), e um tripé, que fica compacto, leve, e pra quem viaja de casal, faz milagres. Tem lá sua limitação de uso, porque você não vai usar ele no meio do centro. Mas em parques, castelos, palácios, vai firme. Pro celular, que carrega o GPS e os apps do trip advisor, uma bateria suplementar, aquelas independentes, que você carrega e leva no bolso. Se o celular fraqueja, liga nela. E o netbook ou Ipad, claro. O Ipad tem a desvantagem de ter pouco HD, fora isso, é bom. Eu ainda prefiro o condenado a extinção netbook.

Agora, é hora de saber das cidades... Vamos começar por ela, Paris.