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    Acredito que a maioria das pessoas, fora os francesas da parte de cima da ilha, que visita a Córsega, é porque veio da Sardenha. Então você a vai a lendária ilha corsa atrás de praias, porque você saiu do paraíso delas. Certo? No papel. Porque se fez o tema de casa, e pesquisou algumas delas…

    Mas é bem verdade que a Córsega tem muita coisa pra ser vista, principalmente Bonifácio, que exige bastante tempo de visita, porque é simplesmente única e especial. Fora a questão trilhas e interior da ilha, que não foi o meu caso, mas deve ser o de muitos dos visitantes dessa ilha tão diferente. Então, o ideal é selecionar, ao invés de sair caçando muitas praias.

    A escolha acaba não sendo muito difícil. É meio unânime que Palombaggia e Santa Giulia são as melhores. Pela questão da estrutura, ficamos com a segunda opção, apesar de Palombaggia ser relativamente perto também. Santa Giulia fica a 38 Km de Bonifácio, e 7 Km de Porto Vecchio. Como nossa base era Bonifácio, fomos a praia, passamos a manhã por lá, e mais pro meio da tarde fomos conhecer e almoçar em Porto Vecchio. Na volta poderíamos ter passado em Palombaggia, mas optamos por retornar a Bonifácio que ainda exigia muito tempo.

    Não é necessário dizer que a praia é lindíssima, deslumbrante, um verdadeiro paraíso. Não perde em nada para a maoria das praias sardas. A cor da água vai variando conforme a profundidade, pedras, ou devida a presença daquela vegetação típica que nos acostumamos na Sardenha.

    Por ser uma das principais, é bem movimentada, mas como é bem extensa, bem mais do que o normal das praias por aqui, tem lugar pra todo gosto. Querendo ficar perto dos bares, ou dos pontos de locação de equipamento para esportes marítimos, tem. Querendo a tranquilidade de menos gente e até sombras de árvores na cara do gol, tem também. O acesso é fácil, muito lugar pra estacionar, enfim. Não há o que pontuar de negativo nessa praia.

    A água é tão transparente que snorkel não chega a ser tão atraente, fora bem juntos as pedras. Mas a variedade de equipamentos para locação é enorme, a maior que vi nas duas ilhas, Córsega e Sardenha. Realmente é uma praia super estruturada. E nem por isso se abstem da tranquilidade e charme. Como de praxe, os barcos e iates estão por tudo, curtindo o paraíso lá do ponto de visto deles.

    Bem ao lado da praia existe uma lagoa muito grande. O tempo de permanência naturalmente depende de cada um, então… Ficamos uma manhã por lá, e dava pra ficar bem mais. As opções são muitas. É o tipo de praia que se você tem tempo, passa o dia todo e ainda volta! Altamente indicada pra quem está por perto. E pra quem não estão por tão perto, também!

    Imagens: Arquivo Pessoal
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    Seguindo nosso passeio por Siracusa, dá pra imaginar com facilidade que uma ilha, com um mar de cores lindas, oferecem um fim de tarde espetacular. Claro que é isso mesmo. Uma ótima pedida são os bares e restaurantes do porto. A estrutura é bem moderna, preparada para o bom gosto. Mesmo pra quem não quer comer pesado a noite, drinks e petiscos aguardam em boa variedade. Som lounge agradável acompanha na maioria dos restaurantes, que tem as mesas abertas mesmo. Aquele simpático cone é recheado de batatas fritas deliciosas!

    Siracusa é uma cidade para no mínimo 2 noites, diria que caberiam 3. Pra quem tiver bem de tempo, claro. Lá por perto tem várias praias, que não fizemos por focar na cidade histórica e termos apenas duas noites, mas pela pesquisa aconselharia a visitar Fontane Bianche.
    Outro passeio bem comentado e indicado, e que também acabamos não fazendo, foi até Noto, uma pequena cidade com um belíssimo centro histórico e uma poderosa catedral Barroca. É bem perto, acabei me arrependendo de não ter ido.

    Na cidade de Arquimedes, naturalmente algum pequeno museu estaria lá para você conhecer melhor sua obra. Além das obras do ilustre cidadão, também uma exposição de várias máquinas de Da Vinci estavam na carta. Vale a visita. É pequeno, um hora é suficiente. Chatinho é que não permitem fotografar. Essa é uma questão meio chata, principalmente hoje em dia. Mas enfim, vale a visita.

    E de quando em quando, claro, café expresso, salgados e doces sicilianos. Eles estão por tudo, te seduzindo. A variedade é tão grande que de padaria para padaria as formas e sabores mudam. E os nomes quase sempre terminam em elle. Pistachielle, por exemplo, o meu preferido.

    Já fora da ilha de Ortigia fica o Parque Arqueológico Neapolis. Não é como Agrigento, e todo seu poder. Mas é imperdível pra quem está na cidade, e depois da ilha de Ortigia em si, a maior atração. O parque é grandinho, então, mais uma vez, observe o sol, água e vestes adequadas. A foto acima é do Teatro Romano, já em estado mais de ruina mesmo.

    A Orelha de Dionísio é bastante diferente, é uma gruta artificial que pode ser visitada e brincar com o que acontece com os sons dentro dela. A poucos metros da entrada a escuridão já fica bem itensa. O divertido mesmo é dar uns gritos por lá. tente, vai curtir o resultado. Se exagerar, os olhares se voltarão a você! Mas a brincadeira é livre!

    O Teatro Grego, abaixo, é usual, e recebe eventos atualmente. Por perto deve existem estruturas de cavernas e outras edificações. O bacana dele é que fica em área super aberta com uma vista legal. Claro, não é a vista do Teatro de Taormina, mas mesmo assim é um belíssimo lugar! Fica bem perto da Orelha, no Parque.

    De volta a Ortigia, vamos visitar uma das atrações mais poderosas de Siracusa. O Castelo Maniace. Fica na ponta da ilha de Ortigia, e foi construído entre 1230 e 1240. Ele é relativamente novo frente a outras edificações da cidade, mas é uma linda fortificação.

    A melhor vista dele é do mar, já que foi concebido para defender a cidade como uma lança ao mar, e existem diversos passeios de barco (que acabamos não fazendo, inexplicavelmente) que circundam a ilha e o castelo. Tem vários níveis, salas, é um passeio de pelo menos 1 hora. Os horários são bem limitados, então observe isso.

    Notadamente foi bem planejado para alvejar a turma que chegava via mar, e a conservação é ótima! Ao redor dele, fica uma região não tão conservada assim de Ortigia. Edificações bem deterioradas, lembrando bastante Palermo. Igrejas abandonadas e aquela poeira de areia cobrindo tudo, principalmente os carros estacionados de qualquer jeito pelas ruelas.

    A vista do castelo, naturalmente é muito bonita. Mas como ele vai afunilando, não dá pra ver a cidade a partir dele, as muralhas escondem. Em contrapartida, o mar fica mais charmoso ainda visto de dentro das muralhas!

    A noite de Siracusa é uma delícia. Mesmo em dias super quentes, espere um ventinho fresco, no mais, escolha restaurantes ou no porto, ou encravado nas ruelas da cidade. Alguns deles (na realidade a maioria, pois as edificações são bem pequenas) colocam as mesas nas ruas, decoradas com velas, barris iluminados, enfim. É um charme.

    A praça principal a noite também ganha um charme e iluminação extra, é bem movimentada e oferece muitas opções noturnas. Como a maoria das pequenas cidades, o melhor delas é caminhar despretensiosamente, só esperando os lugares e segredos que elas guardam! E Siracusa, é cheia delas!

    Quando a viagem foi planejada, com foco total na Sardenha, a Sicília foi entrando devagarinho, com alguns dias, depois com mais de uma semana, e no fim, abocanhou 10 noites. É realmente muito rica de cidades e atrações, diferentes e com atrações surpreendentes. A Sicília realmente vai te surpreender quando comçar a estudar o que ver, onde visitar e a sua história!

    Abaixo, já se despedindo da cidade, e da Sicília neste artigo, temos a pequena ponte que liga a cidade até Ortigia, a pequena, histórica e charmosa ilha! Não se esqueça de hospedar lá na ilha!

    Imagens: Arquivo Pessoal
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