É claro que qualquer ilha sempre tem uma relação especial com o mar,  via de regra, ele é um dos seus grandes trunfos e atrativos. Em Bonifácio, a cdade mais linda da Córsega e principal destino turístico, isso não seria diferente. Muito pelo contrário. Pelas características peculiares da ilha montanha, os cenários do mar, e a partir dele, se tornam ainda mais impactantes.

Em essência, Bonifácio é uma cidade medieval de aproximadamente 3 mil habitantes. Fica bem no extremo sul da Córsega, é o ponto de chegada pra quem vem da Sardenha, que fica a 15km e pouco mais de meia hora de ferry, para pessoas e veículos.

Mesmo super pequena, Bonifácio se divide claramente em duas, a cidade baixa, que é o porto e onde ficam a maioria dos restaurantes, hotéis e o atendimento todo a turma do barco ancorada por ali, e a cidade alta. No inverno, quase tudo fecha lá por baixo e todos vão pra cidade alta. Na temporada, a cidade ferve por todos os lados, e a cidade baixa se torna um super charme.

Assim como na Córsega, Bonifácio fica lotada em julho e agosto, fomos em junho e estava perfeio, na medida. Ficamos 3 noites, e ficou apertado, principalmente porque você quer circular pelo resto da ilha. Diria que o ideal fica lá pelos 6 dias. Nessa época, o guarda-roupas é de praia, quente de dia e a noite um casaco leve...

Vamos dividir a cidade em 3 bate papos, esse primeiro sobre o geral da cidade e a visão mar, um segundo sobre a cidade baixa e o terceiro sobre a cidade alta. Chegando da Sardenha de ferry, o impacto já é fortíssimo na chegada do ferry. Todos vão pra parte externa do gigante ferry segurando o queixo co a vista que se apresenta. É impressionante a chegada em Bonifácio.

O azul meditarrâneo contrasta com 80 metros de altura de falésias brancas, trabalhadas pelo tempo, criando cenas de cinema que parecem criadas artificialmente, de tão perfeitas. Como habitual, eu que sofri pressão pra diminuir tempo na Córsega ou até retirar do roteiro, já fui cobrado por não ter mais tempo por lá. Isso ainda no barco. O susto positivo da chegada é enorme.

De quase todos os pontos da cidade se tem vistas deslumbrantes, em qualquer horário. O acesso ao mar se dá pelo super protegido porto da cidade baixa, é de lá que partem os passeios (super obrigatórios) de barco. Na entrada da cidade fortificações e falésias se apresentam de forma contundente.

Caminhando pelo contorno da cidade alta, ou fazendo trilhas mais baixas a vegetação corsa vai compondo com mar e montanha e jogando com as cores da profundidade do mar ou da ensolação. A cada foto, uma nova surpresa!

Os passeios de barco levam a vários lugares, tanto para o lado da cidade alta, como para cavernas e pequenas praias protegidas entre a montanha de falésias. Cada uma com sua história milenar de erosão e desenhos resultantes. Os passeios são todos parecidos, escolha o horário com ensolação favorável a fotografia, e com menos gente possível. Não encontrei no dia, um que fosse pssível cair na água nas praias protegidas, vale pesquisar na hora.

Lá do barco, a cidade alta (primeira foto do artigo) fica ainda mais impressionante. Vários pequenos prédios parecem estar literalmente pendurados nas falésias. De vários deles olhando direto pra baixo se encontra mar, porque a águ foi cavando a falésia por baixo. No artigo da cidade alta tem um bar que é exatamente assim, fenomenal.

Pequenos barcos também estão disponíveis para locação, mas optamos a não arriscar, sem conhecer a região, pois as rochas estão por todo lado. Então ficamos restritos aos passeios. Nas fotos acima e abaixo, uma prainha super protegida fez doer não estar com barquinho próprio pra poder cair na água e ficar ali por um tempo. Um paraíso! Alguns nadavam, outros apenas se deixavam a deriva curtindo o visual.

Algumas grutas impressionantes fazem parte do passeio, mas diria que as fotos nesse caso não conseguem captar totalmente a beleza e principalmente as cores que se apresentam ao vivo.

Esse é um fator importante de escapar da altíssima temporada, que ocorre nas férias européias, porque o trânsito de barcos pode ser intenso nas entradas das grutas. O turismo ali é bastante europeu, muitos, mas muitos barcos ingleses ancorados, talianos, franceses e poucos turistas não europeus.

Algumas paias próximas de Bonifácio são ótimas opções, mas o pessoal indica ir de carro a Petit Sperone que é uma delas. Um passeio de barco até as Iles Lavezzi também pode ser considerada. As ilhas Lavezzi não tem muita estrutura, então é necessário ir preparado, e pegar um pacote de barco. Leva uns 20 minutos, e existem várias opções de horário para voltar.

Imagens: Arquivo Pessoal #NoFilter