Chegou a hora de falarmos de alguns núcleos de interesse de Dubai, que não abordamos ainda, e são relativamente próximos. O primeiro deles é uma excelente região para se hospedar: A Marina Dubai. Com vários hoteis, boa parte deles estruturados para receber as festas dos expatriados, tem uma superestrutura a beira mar de lojas e restaurantes. Além, é claro, de uma lindíssima praia. Essa região fica a 25 Km do Burj Khalifa, mas tudo lá é distante mesmo.

Super ocidentalizada, a impressão é que é mais difícil encontrar um restaurante árabe, do que um fast food ocidental. Nem preciso dizer que tudo é super seguro. Alías, não abordei isso antes, porque nesse quesito Dubai está muito próximo de outro planeta. O risco tende a ser zero. Não há crime, dito pela própria população. Então caminhar pela orla de madrugada, é um espetáculo. Até lá pelas 2 da manhã, muita coisa está aberta. Depois disso, vai ser mais difícil de achar.

Uma caminhada pela Marina (a Marina de fato, não a região como um todo), ou fazer ela de bike é legal. Mais legal ainda é dar um passeio de barco, tanto de dia, como a noite. Mais uma vez, esses dois passeios fugiram da minha agenda. O diurno alguns amigos foram, e naturalmente acharam imperdível. Dá pra imaginar a vista lá do mar.

E o noturno, pelo canal, você pode ter uma provinha abaixo. Sem comentários. Outra caminhada muito bacana, é da região da Marina até perto da Palm Island. Dá pra ter uma boa ideia do cotidiano da região, e tem cafés por toda parte para um stop!

A praia é muito linda, uma parte em construção (estavam quase terminando a roda gigante) deu uma arranhada em um lado do visual, mas a água é transpartente, calma, toda delimitada onde você poder nadar, onde passam barcos e Jets, sem falar na estrutura de banheiros, que é melhor que nossos shoppings. Uma piada. Saiu da praia, coloca a camiseta amigão, não vá dar uma de brasileiro lá que não é legal. Cumpra as regrinhas do bom senso.

O luxo e a sofisticação está por toda a parte. Dubai é uma cidade para endinheirados, pela essência. Vários amigos moram por lá, e vivem bem ser milionários. Mas a ostentação está pela rua. Hipercarros e hiperprédios, combinam com a super infraestratura de vias gigantescas com várias e várias pistas cortando toda a cidade, limpa, organizada e agradável. Agradável, claro, porque era inverno. Não quero imaginar encarar um dia a 45 graus por lá.

Falando em luxo, o primeiro hotel 7 (sete) estrelas do mundo é de lá. Claro que é. Burj Al Arab. Sem saber, você já conhece. É o cartão postal da cidade. Só o prédio em si, já é uma super maravilha. Só tem duas formas de visitar o hotel, que fica em uma ilha construída pra ele: Se hospedar lá (não sei quanto custa, e fiquei com medo de pesquisar), ou tomar um chá num dos seus bares.

Bom, o chá, custa perto de 200 dolares. Barbadinha não? O grupo decidiu não ir. Mas confesso que talvez tenha me arrependido de não ter vivido essa experiência. De qualquer forma, Dubai é quase parada obrigatória para visitar a Ásia, então, talvez em uma próxima vez eu traga alguma foto interna do Al Arab.

Próximo ao Al Arab, e dando vista pra ele, fica o Souk Madinat Jumeirah. É um complexo com lojas, restaurantes, hotéis, lagos com passeio de barcos, enfim. Parada obrigatória, por pelo menos umas 2 horas. Ele é uma reprodução moderna e luxuosa dos antigos mercados do emirado a céu aberto.

O passeio de barco é até meio bobinho, tipo Veneza, mas vale a pena pelas vistas que oferece, algumas não tem como alcançar sem o barco. É caro, mas vale. Relaxe, você está em Dubai, não adianta economizar muito, é uma viagem cara. faça compras, escolha um bom perfume peculiar da indústria deles (leva uns 2 dias pra sair o perfume do corpo) e tome um café com calma, curtindo a paisagem do antigo emirado.

Um pouco distante fica a Palm Island, outro cartão postal da cidade. Claro que a melhor foto é a do satélite, então a melhor representação terrestre da região é o poderoso Hotel Atlantis the Palm Dubai. Fomos com o bus turístico, mas dizem que uma visita bacana é ir com o metrô de superfície, que viaja lá no alto e passa até dentro de prédios.

É uma região bem residencial, que se paga uma pequena fortuna por um apartamento ou casa. Lá sim, é para bem poucos. Coisa de quem tem grana em nível mundial mesmo. E os prédios são todos iguais...

E como vivem as pessoas mais normais em Dubai? Tá bem, não estamos falando dos trabalhadores das construções, nem dos taxistas, mas a classe média alta, vai, de lá, reside nas proximidades, em bairros parecidos com as imagens abaixo, com centros comerciais bem organizados, que não são arranha-céus lendários, e que se parecem mais com a arquitetura reproduzida no Madinat.

Sim, tem mesquitas por todo lado. E na hora de rezar, eles param o que estão fazendo, tiram o sapatinho ou a sandalinha, deixam na entrada da Mesquita, e você ouve pela cidade toda nos auto falantes a oração. Vi taxista com o carro parado, aberto no meio da avenida, fazendo prece na grama ao lado. Realmente é uma cultura religiosa bastante forte, pra gente, impressionante.

Fotos: Arquivo Pessoal