Organizar uma viagem mudou. E pra melhor. Muito, melhor. Quem já se virou pra fazer aquela europa por conta, seja mochilando ou não, seja por pacote ou fora deles, já sabe qual é o ponto. A internet mudou tudo. Claro, como quase o restos das coisas todas. Porque simplesmente trucidou as distâncias e os segredos. Acabou com as surpresas, boas ou ruins, e eliminou a escolha pelo melhor marketing. Em tudo. Na estrada, não seria diferente. Muito pelo contrário. Só poderia ser mais impactante ainda. Eu não fiz aquelas mochiladas de antigamente, de comprar a passagem de ida e volta, e rodar por lá sem saber qual o roteiro, chegando na cidade pra ir atrás de hospedagem e tal. Essa era radical passou. Porque não precisa mais. Mas já fiz o meio termo, relativamente organizado porque faz parte da minha pessoa, isso aí. Mas hoje em dia virou um abuso. Organizar, está fácil demais. Claro. Você pode perfeitamente colocar toda sua trip em um ipad, rodar com travel money, perder os dois e voltar a estaca zero. Incidentes sempre estão por aí. Mas organizar, planejar, ficou fácil demais. Mesmo. Quem tiver a fim de acompanhar, embarca aí, que vamos falar das facilidades que não podem ser desperdiçadas.

Não vamos falar de escolha de países e cidades porque isso é de cada um e tal, por qual ponta do mundo prefere iniciar sua volta pessoal ao mundo. Bora direto pro roteiro. Se forem vários países, e se estivermos falando de europa certamente serão, a brincadeira já começa divertida. Porque você escolhe os países que quer visitar, e vai logo pesquisando como se chega ou sai de cada um deles. Já que a europa é um tradicional destino, e é exatamente o que estou montando agora, vai ser o nosso exemplo.

A passagem principal já está encaminhada, você já sabe qual o país de chegada, e tem uma boa ideia de qual será o de saída. É bom esboçar a rota antes de fechar a principal, pra ver se tudo funciona bem com o preço das passagens internas. Então é hora de abrir o navegador web com muitas abinhas. A primeira delas é sempre a do mapa. Hoje em dia, o google maps, lógico. A segunda e terceira se referem aos trânsitos internos, uma de avião, outra de trem. Um skyscanner da vida vai te mostrar as passagens de qualquer companhia pro lugar que você está procurando. A Rail Europe que é a terceira aba vai fazer o contraponto a favor dos super trens da europa. Tudo mega fácil de pesquisar, de comprar, e de operar depois. A Rail Europe te manda em 3 ou 4 dias úteis os bilhetes. Pra tua casa. Como tem despesas de envio, é bom selecionar tudo e comprar de uma só vez, buscando os 60 dias de antecedência que tem um bom valor. De avião, hoje é tudo pela internet mesmo, sem segredos. Os segredos do avião, ao contrário do trem, são as gratas (ou ingratas) surpresas. Vôos mega baratos podem aparecer e desaparecer em questão de dias, e aí se pode cair nas companhias tradicionais que não saem nada baratas entre países. A verificação das passagens internas deve ser feita em bloco, trem primeiro, porque é mais estável, e depois a parte aérea. Comparando um com o outro sempre que possível. Um roteiro com dias suficientes pra um pouco de elasticidade ajuda bastante, porque nem sempre a distância é a lógica do preço. As vezes é mais barato ir lá longe e voltar, do que ir por ordem de proximidade. Tudo depende das opções de empresas de baixo custo em cada cidade. Tem locais em que praticamente não operam as ryanair da vida, ou easyjet. Então uma flexibilidade pra trocar a ordem das cidades, ou até mesmo acrescentar uma cidade a mais por um dia que seja, pode ser muito econômico. Com as companhias de baixo custo tem a questão das malas, que podem ser cobradas a parte. Cuidado na hora de tirar a passagem. Ah sim, esse buscador de passagem tem aplicativo também no celular. Não tem hora marcada pra pesquisar. A aba do tripadvisor ainda não é tão útil nessa etapa, nem a do booking ou outro mega site de hotéis. Mas vale a pena ir dando uma espiadinha na hospedagem mesmo durante a compra das passagens. Só pra garantir. E claro, falar com os amigos que já fizeram o destino escolhido.

Feita a pesquisa, selecionado o pacote de trens e aviões, na hora de comprar é bom ser rápido. Principalmente com a parte aérea, porque essa fila anda rápido, e as vezes os vôos promocionais desaparecem e não voltam. Comprada a passagem principal, e a parte interna que é necessária (alguns trechos internos dá pra pegar por lá na hora mesmo, mas é bom dar uma conferida nos blogs de viagem, sempre com inúmeras dicas boas, ou nos grandes sites de viagem), vem a parte da hospedagem. Essa pode demorar um pouco mais. Mas é que anda mais facilitada pelas ferramentas de hoje. Nas abas, google maps, booking e decolar da vida, tripadvisor, alguns blogs de viagem confiáveis e uma pesquisa sobre as regiões boas de ficar em cada cidade. É bom delimitar logo algumas boas regiões, pra tornar a pesquisa mais direta. As opções são tantas aqui, que o excesso de informação pode até atrapalhar. Bueno. Como você já escolheu as cidades, fez isso pelas atrações dela. Uma boa maneira de buscar o hotel perfeito, é marcar elas no maps, ou no trip advisor, que isso já vai ajudar com o hotel. Fim de metrô, no geral, não é bom. Uma quadra ou duas de alguma estação estratégica, ótimo e necessário. Certamente você já fez uma pequena planilha que somava o custo de passagens e a estimativa de hospedagens, então já sabe qual a faixa de valor vai trabalhar. Hotéis honestos são mais baratos que no Brasil. Se bobear, um Ibis da vida sai quase o preço de quarto privado em hostel. Então o site de uma rede accor da vida também fica sempre aberto na aba. Ibis e Mercure são sempre uma boa alternativa pra cidades mais complicadas de referências, ou as mais complicadas de custo mesmo.

Frigobar, pra muitos dias na mesma cidade, cofre, Wi-Fi, padarias ou lancherias por perto, e um restaurante na vizinhança não tem preço. A estação do metrô perto pode mudar a sua estada, e aquela vistoria completa nos comentários dos viajantes do trip advisor por aquele hotel, com o boneco do google passeando pela frente e ruas próximas, a distância e facilidades pros locais que mais concentram os pontos turísticos favoritos, tudo isso tem que ser bem verificado. Essa é a hora das mil abas no navegador. O ranking do trip advisor tem que ser badalado, que aí sim a opinião geral garante o que você vai encontrar. Também as fotos reais que o pessoal posta, retrata a verdade nada comercial do local. Vale observar quarto pra não fumante, se for o caso, se o café está incluso, e o tipo de voucher. Se tem reembolso em caso de desistência, se não tem, enfim. Conferindo um grande site de hotéis como o booking, um accor da vida, e verificando as opções no tripadvisor, nos seus blogs de viagem, e verificando a mobilidade e facilidades do entorno, as escolhas acabam ficando bem mais fáceis do que pareciam lá no início. Logo dá pra perceber que as opções não são milhares como pareciam, e no fim fica bem fácil de decidir. De novo, cuidado com o excesso de informações. As vezes atrapalha. As perguntas devem ser as relevantes, e os sites de consulta os confiáveis e badalados. As vezes os sites de hotéis vendem mais barato que os próprios hotéis, ou as vezes um tem vaga, e o outro não. Consulte os dois sempre. Tudo visto e analisado, é empacotar mais uma etapa do planejamento da viagem! Imprima os vouchers e passagens, guarde um pdf em um e-mail de viagem, e era isso. Nem vamos vamos falar de seguro saúde, e stop trip, porque essas já são obrigatórios. Depois das passagens e dos hotéis, é a vez dos roteiros. Mas esses, a gente deixa pro próximo!