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    Escapando um pouco dos hiperlativos de Dubai, chegamos ao centro velho, região mais antiga da cidade e cortada pelo Creek, um canal por onde circula um poderoso e variado comércio. Uma atividade muito legal é pegar um barquinho, o abra, tanto para cruzar o canal, tanto para fazer um passeio pela região e ver a parte antiga da cidade de um ângulo diferente. Algumas cenas lá impressionam: Aqueles barquinhos, que parecem estar em péssimo estado, de madeira, que você imaginar estar transportando mercadorias de baixíssimo valor, podem estar completamente lotados de centenas de caixas de eletrônicos de última geração. É algo mesmo, diferente.

    O Bur Dubai é o mais antigo bairro da cidade. Lá fica o Dubai Museu, que antigamente era um forte. Essa parte é mais o Oriente Médio que habita nossa imaginação quando pensamos na região. Em função do tempo, não conseguimos entrar no museu, estávamos encaixotados pelo horário de chegar ao Burj Khalifa. Quem foi gostou. Existem representações de pequenos barcos, casas antigas e até bonecos de árabes. Tem toda uma história que explica como um deserto desolado se tornou a Dubai de hoje.

    As imagens de impactam não páram de surgir nessa região. Ultramodernos prédios de dar inveja a Avenida Paulista com grifes mundiais contrastam com a peculiaridade do Creek. O outro lado do Creek guarda o bairro Deira, onde ficam mercados super tradicionais de Dubai, o Spice Souk, e o Dubai Gold Souk.

    As especiarias são uma delícia, de ver, cheirar, e de provar. Os aromas estão por toda a parte, complementados por um ultra colorido de especiarias, frutas preparadas deliciosas dispostas em grandes baldes, doces e mais doces que temos dificuldade de identificar, mas provando é impossível não gostar de alguma coisa! E o preço? Não chegamos a pagar barato, mas desconfio fortemente que o preço saiu conforme nossa pressa e cara de turistas maravilhados com as cores e sabores de tudo ao redor!

    O mercado do ouro é um dos pontos altos de Dubai. É impressionante até mesmo para nós brasileiros, que mandamos tanto desse metal para o mundo na época que éramos oficialmente colônia. As lojas estão por toda parte, mas tem uma região específica que tem até pórtico, avisando que você está entrando na cidade do ouro. As peças são gigantes, algumas parecem armaduras, cobrindo boa parte do corpo.

    Incovenientes: Ao redor de todo o mercado, ambulantes ficam tentando o tempo todo te levar para olhar souvenires, bolsas e relógios. Esses sim, falsificados. Muitos até chamam de réplicas, quando oferecem. Quanto ao ouro e as jóias, muitos dizem que o governo monitora muito de perto esse comércio, que falsificações de jóias seriam uma vergonha para o país, e a partir do rigor das leis por lá, dá pra acreditar nisso. Por via das dúvidas, dá pra optar por lojas mais consagradas. Algumas que lá estão você nos shoppings.

    Nessa região, bem mais do que as outras, a negociação é fundamental em qualquer compra. O primeiro preço sempre vem baseado no que o vendedor achou de você. Ou de quanto ele acha que você pode pagar. É bom ter uma boa noção da cotação do ouro no dia, e ter ciência que o trabalho vale aproximadamente 20 a 40% do custo do peso, na composição do preço. Claro que isso deixa de ajudar se você estiver interessado nas peças com diamante, o que também vale muito a pena, mas já é bem mais complicado de ter domínio.

    Acima, o maior anel do mundo, em uma vitrine de vidro, com o certificado do Guiness ao lado. No nosso país, passariam de caçamba e retro recolhendo tudo, no primeiro final de semana de um lugar assim. Fiquei até com vergonha de perguntar sobre essa pequena pedra, no centro do super anel!

    Fotos: Arquivo Pessoal.

    Um das regiões mais impressionantes de Dubai, é o núcleo do Burj Khalifa, o Downtown Burj Dubai. Falo em núcleo porque a cidade é assim mesmo. Nucleada. O ponto alto dessa região, obviamente é o edifício mais alto do planeta, com 160 andares e 828 metros de altura. Construído em 6 anos (se fosse feito pelo governo do Brasil ainda estaríamos nas fundações), ao custo de 1,5 bilhão de dolares, essa obra estonteante (pra muitos literalmente) foi inaugurada em 2010. A brincadeira tem 49 elevadores, alguns deles os mais resistentes do mundo (vai acostumando, Dubai tem inúmeras coisas que são do mundo), e outros destinados a conhecer o topo do mundo. Nos andares 123 e 124, fica o observatório.

    Lá se chega em 75 segundos. Isso, setenta e cinco segundos, e você não sente nada, além do estalinhos no ouvido, aquele mesmo da decolagem de aviões. Tem duas maneiras de curtir uma das vistas mais impressionantes do mundo. Uma delas é comprar o ticket At the Top, uns 65 dolares (compre antecipadamente no hotel, na hora vai doer bem mais que isso), agendando o horário preferido. O bacana no inverno é tipo 4, 4 e meia da tarde. Porque escurece as 5 e você vê o dia, o pôr do sol e o inicio da noite lá de cima. E tudo é impressionante.

    A vista é 360 graus, então vai ter mar, vai ter deserto, toda a cidade e suas peculiaridades. Tem souvenires bem bacanas por lá, alguns que não vi em outros lugares. Pegando esse horário, você pode emendar outra coisa imperdível da cidade, que é ali mesmo, no pé do Khalifa, o show de águas iluminadas na fonte. Não é que é maravilhoso. Fica maravilhoso, pelo entorno. É realmente imperdível, vou deixar as fotos darem seu testemunho sem estender o assunto.

    Esse núcleo tem vários prédios comerciais e residenciais de alto luxo, que por si só valem a vista. Se você pegou o bus turístico Hop On Hop Off, ele vai fazer a volta no núcleo, ofertando outras fotografias maravilhosas. Isso se você não estiver hospedado no próprio Dubai Mall Hotel, porque não?

    A outra super atração do núcleo é simplesmente o maior shopping do mundo. Pois é, ele não fica em Nova Iorque. Fica aqui mesmo, coladinho no Burj Khalifa. Nasceu em 2008, com 1200 lojas, hotel, 160 fast food e 120 restaurantes. É tipo, muita cidade reunida. Claro que ainda tem uma pista de patinação, e um dos maiores aquários do mundo, com 33 mil animais marinhos. Coisa básica que qualquer shopping tem. Se você pegou o bus turístico, a entrada do aquário já veio junto. E vale a pena, é muito interessante mesmo.

    Dentro dessa visita tem algumas lojas também, e por incrível que pareça, os preços podem ser melhores do que lá fora. Detalhe de compras em Dubai: Abu Dhabi é mais barato! Fui pra lá no último dia da trip, e já tinha pago tudo mais caro. É porque Dubai é muito mais turismo e negócio, então é mais inflacionada mesmo. O ideal é colocar a visita de Abu Dhabi no meio da trip, pra poder comparar o que você quer levar.

    Bom, o shopping. É um super shopping, então, está tudo lá. Tem avenida fashion, com as grifes mais poderosas do mundo, tem Galerias Lafayette, enfim. Roupas nã vi vantagem, eletrônicos sim. Mas a parte que mais gostei mesmo foi a parte local do shopping, o Souk. Com as lojas deles. Muita coisa bonita, é toda estilizada, dedique um bom tempo por lá.

    No próximo post, vamos ao núcleo Creek, o centro velho de Dubai!

    Fotos: Arquivo Pessoal

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