Finalmente a guerra chegou. Ou, a primeira parte dela. E o que parecia ser o rumo da próxima rodada, deixou de ser, no último minuto da segunda temporada. Nada de guerras épicas convencionais. Nada de reis, herdeiros ou trono de ferro. A terceira temporada vem de dragões e caminhantes brancos... Agora sim, the realy winter is coming...

Vem?

A primeira grande batalha pelo trono de ferro mostrou seu fogo, demonstrou algumas coragens, explicitou previsíveis covardias, e deixou um gostinho de quero mais no campo de batalhas. Enquanto a família Baratheon caia, Robb Stark e seu exército só ganharam nome nessa temporada. Mas ficou no nome. Batalha mesmo, de fazer orgulho na tela, ficaria pra terceira temporada. Ficaria, como grande atração. Não mais. As grandes notícias vem do gelo, vem do além muralha, vem da terra dos primeiros homens. O gran finale da segunda temporada não poderia ser melhor. Enquanto as esperadas batalhas épicas deixaram a desejar, os elementos mágicos reivindicam seu espaço em Game Of Thrones. E chegam com honra e pompa.

A terceira e temida chamada da corneta finalmente aconteceu em Game Of Thrones. O principal diferencial de outros épicos, a pitada de magia do jogo dos tronos, invadiu o tabuleiro da guerra pelo trono de ferro. Um exército de Caminhantes Brancos deve entrar em cena logo nos primeiros episódios da terceira temporada, certamente obrigando os homens a lutarem lado a lado pela própria sobrevivência. Nesse ponto, nada muito diferente da realidade da natureza humana: Todos brigam pelo poder, e a união só existe realmente quando a sobrevivência de todos está ameaçada. Os leitores dos livros podem agora corrigir o blogueiro, que não se aventurou pelas linhas escritas de Games, mas a expectativa que fica na série é como e quando os sete reinos vão se dar conta da necessidade de união, e o desenvolvimento deste desafio proporcionado pelo exército branco. Pelo andar da série, com poucos episódios por temporada, e com um tempo muito lento de desenvolvimento frente a riqueza da estória e dos personagens, a sensação é que os caminhantes iriam aparecer muito mais tarde na trama, com essa força toda. Melhor assim, com todos os ingredientes já mergulhados no jogo de poder.

E se o exército branco avançar, mais do que nunca a grande força da princesa Targaryen será fundamental. Os três dragões já não são mais tão inofensivos, e logo devem formar um dos núcleos fortes da série. Assim espera-se. Porque as tramas nas sombras dos castelos, a falta de presença do exército Stark, e a ridícula permanência do moleque Lannister no trono de ferro já estão saturadas.

Individualmente Tyrion cresceu na temporada, para ter sua injusta queda no final. Destino pior teve Theon, mas dessa vez, com justiça. Bonito mesmo fez Danys, acabando com aquele circo na Casa dos Imortais. Agora, será questão de tempo para a bela e seus dragões reforçarem a marcha rumo a Porto Real. Ou rumo aos Caminhantes Brancos? As possibilidades estão abertas para a terceira temporada. Se os Caminhantes demorarem para ser identificados e devidamente temidos, as Casas continuam sua luta pelo torno de ferro do moleque Lannister. Caso contrário, teremos uma nova união de fogo e armas no reino dos homens. E quanto a John Snow? Será que de um atrapalhado bastardo, o errante será uma peça importante no tabuleiro? Um exército que estará na retaguarda dos Caminhantes pode ser muito importante, caso a próxima temporada brinque com a sobrevivência dos homens.  E Snow estará presente no exército rebelde, talvez com algum crédito, talvez com alguma perspicácia.

Dragões e Caminhantes, sejam bem vindos a guerra dos Sete Reinos. Sim, moedas misteriosas também são bem vindas!