Política: denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. (Wikipedia)

Gosto muito, quando da analise de textos e documentos, de buscar as palavras chave, e então mergulhar no contexto como um todo. Então, vamos! Ciência. Organização. Direção. Administração. Aham. Imaginem os políticos tendo ciência, só para começar. E depois organizados como uma empresa de verdade. Dirigir, ok, até dirigem, as vezes sem saber para onde, ou para interesses próprios, enfim. Aliás, vejo o político como um executivo que entra em uma empresa não para trabalhar para ela, mas sim para fazer currículo. Ele procura sempre desvalorizar o colega e tenta drenar para si todas as glórias. Suga tudo o que pode, faz nome e segue até conseguir um convite para uma organização maior. O político, pelo sistema eleitoral como é, não trabalha para o povo. Trabalha para fortalecer sua imagem, para favorecer seus patrocinadores, apoiadores, sempre custurando alianças e conchavos. A fórmula não permite que de certo.

A década da política brasileira passou por fatos interessantes. Dois líderes dominaram a cena, e foram bem, principalmente se comparados aos antecessores desastrosos. Tanto FHC, quanto Lula, embora em lados opostos do ringue, fizeram acontecer muita coisa sim. Mas foram mesmo só os líderes. Porque no resto, foi vexame atrás de vexame. Prefeituras cheias de esquemas, deputados mensaleiros, e senadores vergonhosos humilharam o Brasil, com seu povo sem sangue nem glória apático, "idiótico". Sem pulso, sem nada. Sempre cito o povo, porque para mim, é um dos maiores responsáveis pela vergonha que é nossa classe política. É o povo que vota, né? Dinheiro em meia, em cueca, parlamentares comprados, totalmente ignorantes, que não sabem nada sobre os assuntos sobre os quais votam (Tens dúvida disso? Assista o CQC). Os lideres lideraram, e colocaram sim o Brasil no cenário mundial. Favorecidos por conjunturas? Pode ser, mas estamos no cenário. E é isso que fica. Mas, claro que teve custo. Do PT só sobrou mesmo Lula, porque o partido certo, correto e único justo caiu por terra nos maiores escandalos de corrupção do Brasil. PSDB, de FHC, também não saiu ileso, muito menos o gigante sem cabeça PMDB. Idem para o resto todo. Foi assim que o Brasil foi. Bem de líderes, péssimo no resto.


Menos sorte tiveram os americanos. Estes viveram tempos humilhantes com um presidente vexatório, que não se cansou de fazer besteiras do início ao fim. Desde a eleição, que né. Sei lá. Não vou explicitar aqui. Vai que a CIA esteja monitorando a Artigolândia. Oito anos da era Bush arremessaram os EUA nos braços do fenômeno político da década. Barack Hussein Obama, o primeiro presidente negro, de discurso forte, de mudanças, um tsunami de popularidade mundial. Yes, we can. Não lembro de um político de qualquer país ser comemorado em todos os cantos do mundo. Inacreditável. Esperança, inicio de governo, é assim que Obama chega em 2010. Com a missão de tirar o império do buraco. Líderes em antagonia total, governando com seus pilares políticos amarrados, conservadores. E lá se vai a América, com um dos piores da história começando a década, e a maior esperança assumindo no apagar das luzes dos anos 2000.


Lá no velho mundo, quem diria, os líderes deixaram de ser tão importantes. Sarkozy, Angela Merkel, o super polêmico Berlusconi e cia ltda, quase que passam desapercebidos no contexto político da década. Nada muito grande aconteceu por lá depois do euro em 2002, e da fragmentada União Européia. Eles dividem a moeda, mas não as visões políticas. Os ricos europeus tiveram que acolher os pobres, e pagar a conta. Alguns protestos, alguns posicionamentos, apoios a um, a outro, discussões, euro, união européia, mas assim, personagem político, de fato, não. Ou podemos citar Tony Blair apoiando a guerra mentirosa do Iraque, né. E logo no velho mundo, logo na Itália, logo na terra do Senado Romano, um primeiro ministro agredido, no rosto. Caspita!

E então a América, Latina. Ou, Vermelha, Latina. Nós, assim como nossos vizinhos, quase todos, se renderam ao vermelho. A esquerda domina amplamente os latinos, dos mais aos menos radicais. Para ser ter idéia de quão vermelha está a Latina das Americas, o nosso, o Lula, está lá embaixo no medidor vermelho. Está quase no lado "direita"do termômetro que tem no lado vermelho o futuro ditador Hugo Chavez, da petrolífera Venezuela, Evo Morales, da Bolivia, o equatoriano Rafael Correa, e Fernando Lugo do Paraguai. A desastrada Cristina Kirchner que vem até cerceando a imprensa, e alguns outros, menos esquerda do Uruguai e cia. Avermelhou a tal ponto, que acendeu a luz amarela na América. A outra. E os EUA já começam a montar bases na aliada Colombia de Álvaro Uribe. Preocupante, eu diria, no mínimo, a situação da América Vermelha. Os vermelhinhos que se comportem, porque né, Fidel foi, mas outro Castro ficou, e a pobre ilha, coitada, cada vez mais miserável naquele modelo utópico falido e decadente. Só espero que a América, a nossa, não se abrace nessa...





Mas tem mais por aí. Os doidos Mahmoud Ahmadinejad do Irã, e o ditador Kim Jong II da Coréia do Norte só querem é saber de bombas atômicas. Que beleza, o do Irã chegou a negar o holocausto. Nem sei porque eles estão aqui, na retrospectiva da política, já que de políticos eles não tem muito, mas enfim. E os super emergentes não poderiam ficar de fora. China e India, os gigantescos países com bilhões (bilhões) de habitantes tiveram importantíssimas decisões políticas. Abriram suas economias e decolaram rumo ao crescimento sem limites. Bagunçaram a economia mundial, definiram outra era com seus exércitos de consumidores e operários intermináveis com custos baixos. É tempo dos titãs. A Rússia, um dos BRICs que assombram os velhos donos da economia mundial conheceu Putin, um presidente marcado pela repressão aos movimentos separatistas. E ela vem crescendo também.





E assim roda o mundo, com seus políticos definindo tudo. Os homens que comandam o circo do mundo nem sempre desempenham o papel de malabaristas, de domadores de feras, de mágicos criadores de esperança ou de leões que reinam na selva. Muitos se salvam, mas muitos acabam mesmo é fazendo o papel de palhaços. E por aqui ficamos, no quesito política, em ano de eleição!

E com a palavra, como combinado, meu contra-ponto, Daniel.

Ah, e desculpem-me os palhaços, talentosos artistas, por serem comparados com alguns políticos...