Aqui e acolá. Virou. E virou tudo. E virou de cabeça para baixo. O que era pobre cresceu, o que era rico cambaleou, e virou. Virou o ano, virou a década, a Terra girou, o porco espirrou, o verde virou cinza, o euro é dolar, as bolhas estouraram, e os bolhas também. Virou 2009. Encerrou-se um ciclo. Uma década. Uma década maluca, de guerras postiças e de símbolos derrotados por aviões. De heróis portadores de esperança, e de anti heróis cheios de nada. O mundo entra doidão em 2010. Muita coisa aconteceu. Alguns dizem que essa década mudou o mundo. Até discordo. Porque, né, sempre muda. Toda década muda. Algumas mais, outras menos, porém alguma coisa sempre muda. Ok, essa mudou bastante. Então, até discordo, mas até concordo. Essa década mudou o mundo.

Veremos o que vem agora, então, após essas mudanças todas. É, o tempo de retrospectiva, na verdade, é antes da virada. Mas dezembro é dezembro, não há tempo para nada, estamos resolvendo as pendências do ano, pensando nos passos futuros, e aí sim, depois do balanço final, entre passado, presente e futuro é que fica claro que é importante mesmo. Então é agora que vamos rever, comentar e espalhar por aí as opiniões do que ficou dessa década que viu de tudo um pouco. A partir de hoje iniciamos aqui na Artigolândia a temporada de retrospectiva, dividindo por assuntos principais.


Aqui, no Brasil, quase tudo deu certo. Se é conjutura global, se é sorte, se foi o Lula, se foi herança do FHC, isso nem tem lá muita importância afora a política. O fato é, o Brasil cresceu. Já não é mais um menino na beira do rio. O verde e amarelo está abrindo espaço, se tornando um país de importância global como nunca foi, e tem condições de mais. Isso se o povo, os políticos, as leis e o judiciário ajudarem, claro. O povo não foi o primeiro citado por acaso. Não foi. Mas que o jogo virou, ah virou. E estamos do lado de cima. Mas o Brasil também alagou, teve conquistas no esporte, e tem até cinema próprio! Agora as empresas brasileiras é que fazem compras no mercado mundial! Ora!

E no globo. Se um sobe, outro desce. Então os países em desenvolvimento, Brasil, China, Rússia, Índia e cia sobem. E os EUA, boa parte da Europa, descem. Os grandões precisaram liberar cadeiras para os filhotes que eles criaram, colonizaram e deixaram aí, consumindo. Bom, economia é um dos tópicos que serão abordados. O fato é que agora o mundo é um só. A comunicação instantânea bagunçou geral, estressou geral, e todo mundo sabe de tudo. Ao mesmo tempo. Essa década viu a geração Y chegar ao mercado de trabalho, assistiu estarrecida o último aviso da natureza em tsunamis devastadores. Essa década, viu as torres em chamas, sentiu na pele as bolhas das .com e do setor imobiliário americano. Teve esperança com Obama, se descabelou com Bush, com a Coreia do Norte, com o Irã, e com a cara de pau da guerra do Iraque. E a poluição, os fiascos, as evoluções e os trambiques. Os personangens, e os comportamentos. Ah os comportamentos...

Enfim, temos muito o que falar. O presente é nosso, o passado já passou e o futuro está escondido. E como eu gosto de falar, mas também gosto de ouvir, e gosto que me convençam que estou errado, e gosto que reconheçam que estou certo, convidei o amigo e colega blogueiro Daniel para fazer o contra-ponto das opiniões aqui da Artigolândia.

Fogos ao alto, porque a Terra está girando mais rápido.