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    Ah, o Canadá! Um país de verdade! A ser usado como modelo, copiado, estudado… O Canadá é o país que imaginamos quando visualizamos tudo o que queríamos que o nosso fosse. Tais indo ao Canadá? Pois prepare-se. O choque será grande! Vive no Brasil? Prepare-se ainda mais, será humilhante ver como um país pode ser tão superior ao nosso em tanta coisa.

    Quando decidimos que o Canadá seria o próximo destino, foi pelas fotos da natureza, que sim, é uma das mais belas desse mundão. Que o tio google mostrou quando foram chamadas as imagens no buscador. A beleza natural do Canadá é chocante. Mas aí, quando comecei a estudar o possível roteiro e entender a geografia do país, a decisão rapidamente apareceu: O Canadá não pode ser visto em uma só viagem. São pelo menos duas, e bem diferentes.

    Em território é o segundo maior país do mundo, fica atrás apenas da Rússia. É quase um continente. Ao mesmo tempo sua população é relativamente pequena, frente ao território. 36 milhões. Um país tão gigantesco e tão perto do gelo acabou sendo construído ao longo da sua fronteira com os Estados Unidos. Simplesmente a maior fronteira terrestre do planeta. Tudo lá impressiona.

    Olhando o mapa, ele exigiu uma decisão: A viagem seria para Colúmbia Britânica e Alberta, onde fica a poderosa Vancôver e a região de Calgary, Banff, as montanhas e todas as imagens lindas que me convenceram que o Canadá era agora, ou para a região de Ontário e Quebec, onde ficam praticamente todas as demais cidades ultra conhecidas desse país que tem participação massiva entre as melhores cidades do mundo para se viver. Vancôver também é uma delas, claro, mas fica solitária a 5 mil quilômetros de Toronto, Quebec, da capital Ottawa e Montreal.

    Como foi a natureza que me levou ao Canadá, não sei explicar porque decidi que a primeira das duas viagens que julguei necessárias para conhecer esse super país, foi para a Ontário e Quebec. Aquelas coisas de ir se envolvendo com o roteiro e pronto. Então assim, foi estabelecido o roteiro: Toronto, Niagara Falls, Niagara on the Lake, Ottawa, Montreal, e Quebec City. Foram 25 dias, viajados de carro e majoritariamente de trem. O lado das montanhas ficou para uma próxima.

    A série de artigos sobre o país será longa, afinal de contas 25 dias é uma bela imersão, para um único país. Começaremos como usual falando no geral do país, em dois artigos, e depois abordando cidade por cidade. Agora então vamos falar desse país chocante!

    O Canadá se revele rapidamente. Não é um pais de segredos. Ele sai mostrando sua civilidade, educação, organização, limpeza, misturando o clássico com tudo o que a tecnologia pode oferecer. Desde os primeiros minutos, vocâ já sabe que chegou a um lugar bem diferente.

    Abrindo comparações, do que conheço, apenas a Áustria lembra um país tão de primeiro mundo como o Canadá. Alemanha? Não achei. Não como esse país. Austrália? Pode ser, não conheço, e é o outro país massivo nas melhores cidades do mundo para se viver. Alguns até dizem que a Austrália é um Canadá de clima ameno. Bom, apesar de distantes, a ascendência é parecida.

    Uma das coisas que chama atenção de imediato é que tudo é limpíssimo e organizado. É muito impressionante. As calçadas são impecáveis, as vias perfeitas. Os carros, em sua grande maioria super possantes e enormes parecem andar freiando seus potentes motores para rodar em uma velocidade educada. Para poder parar quando um bone pára no meio da rua e as pessoas descem sem preocupação alguma. Para atender aos pedestres e conviver em uma paz milagrosa com o trânsito em geral.

    Dependendo da cidade, a pluralidade é enorme. Em Toronto você parece ver mais imigrantes do que canadenses. Em verdade, todas as vezes que falava com alguém e comentava que a próxima cidade seria Niagara On the Lake (uma espécie de Gramado canadense), a resposta era sempre a mesma: Ah, então vão conhecer os canadenses!

    A nossa chegada foi justamente em Toronto, porque sempre prefiro chegar nas maiores cidades com mais energia. Alternar com pequenas cidades em que se possa desacelerar, e ir curtindo as diferenças de cada região do país. Não é um país barato. Não é. Acredito que sai mais caro rodar por lá do que a maioria dos paises europeus, por exemplo. Claro que não estou falando dos nórdicos, ou da Suíça. Mas da maioria deles, e dos mais visitados, sim. A alimentação não é barata, e confesso que achei meio limitada. É bem americana. Até o mercado é caro. Bom, eles ganham bem.

    Receptividade? A de um país plural. Educado, acostumado a receber. Que fomenta isso, inclusive. No mais, aquela estilo um pouco mais reservado do que estamos acostumados no Brasil. Na maioria do Brasil, pelo menos. Visto? Era necessário quando fomos, e não saiu barato. Hoje quem tem visto americano não precisa mais. Quem tem passaporte europeu também não precisa. No próximo artigo falaremos de quando ir, e das temperaturas…

    Imagens: Arquivo Pessoal (Salvo Mapa)

    #NoFilter

    Começamos, mas não terminamos, de falar da terra mágica dos moais, dos rappa nuis, e da pequena ilha que te faz sentir um ar que não é igual aos outros. Seja por sugestão, pela sua história densa e trágica. Seja de fato pela magia que lá existe. Seguimos, então, por Páscoa… Abaixo Tahai, uma das fazendas, praticamnte mini cidades da época.

    Moai Tahai Pukao, o chapéu que representava os cabelos. Esse visual abaixo é dos mais impressionantes. Não resistimos, e ficamos um bom tempo apreciando esse lugar, não tem como ser diferente. É importante, caso se contrate excursão coletiva pelas fazendas, entender o tempo que terá de parada em cada uma, se é compatível com seu estilo. Lembrando que, você está em Páscoa, não apenas vendo formas arquitetônicas bacanas…

    Essa vista abaixo, que nos pegou de surpresa um arco íris, é nos fundos do hotel. Dificilmente você está em algum lugar da ilha que não tenha um visual surpreendente.

    A ilha tem uma única praia, no sentido areia e mar da palavra. É Praia Anakena. Linda, charmosa, e formada na dor de um castigo da natureza. Fica em lugar super privelegiado, com muitos coqueiros, perfeito pra ficar jogado por algumas horas. É o ponto final de muitos dos passeios guiados de lá.

    Essa plataforma de Moai na praia tem um requinte diferente dos demais, formando um visual especial.

    - Por quanto você pode fazer, se eu levar essas cinco peças? Você está de férias, né? Sim. Então, se ficar dando desconto, não poderei tirar férias. E gosto tanto de férias quanto você. Nada como levar um toco em plena Ilha de Pascoa. Mas não desanime. Nas réplicas de Moais, e pequenos artesanatos é preciso barganhar, ou sair com um belo prejuízo. Já nas roupas e lembranças não é tão necessário. Os preços são bons, ao contrário dos artesanatos em pedra e madeira.

    Todos são simpáticos, e bons negociadores. O centro de Hanga Roa é pequeno, mas cheio de pequenas lojas. Artesanatos se compra no centro. Nos parques se paga mais, mas também se acha peças diferenciadas. Não dá pra economizar umas moedas e acabar sem aquele Moai lindamente esculpido, que você não vai achar mais depois. Se quer dar de presente, leve muitos. Eu levei vários, e não consegui dar nenhum. Então, capricha na compra.

    O comércio é complicado. Os mercadinhos são vazios, as mercadorias são caras e escassas. Tudo é difícil, e caro, de chegar até lá. Então, a feira é assim mesmo. Tudo jogado nos carros, daquele jeito… Até assusta um poco. Mas se você pensar que Páscoa é um dos lugares habitados mais remoto do mundo, então, dá pra entender. Abaixo, a fazenda Ahu Tongariki.

    Nos parques você sente um pouco a dificuldade de viver na ilha. Lá, os banheiros sem água a vontade te sugerem dar descarga no balde…dificuldades da ilha, de ser isolada, de estar longe de tudo. Só existe um posto de gasolina, e a energia elétrica é fornecida por 3 geradores que ficam no aeroporto. Dá pra acreditar? Pois é. Mas tenta imaginar outra forma de produzir energia em um lugar tão pequeno e isolado! Abaixo, a fazenda Ahu Tongariki.

    Foi em Páscoa que comi o melhor peixe da minha vida no Haka. Logo que chegamos, ainda meio virados da Polinésia em função do fuso horário, tinhamos um tur guiado privado, então saímos correndo almoçar, e entramos no primeiro restaurante que vimos. Primeiros do dia, ouvimos a pergunta que não queríamos: Vocês tem pressa? Antes de responder, veio o complemento: Se não tiverem, eu vou ali (apontando pro mar em frente), e pego rapidinho o pescado que vou servir pra vocês. A resposta nem preciso contar não é? E lá veio, em poucos minutos, o gigante pescado que seria servido em alguns minutos, e que nunca mais achei outro igual!  Abaixo, fazenda. Akahanga

    A plataforma em que eram erguidos os moais, chamada ahu, servia de altar no culto aos antepassados, e também como crematório. Os Moais, na verdade eram homenagem à personalidades da Ilha. Quanto mais importante o homenageado, maior era o Moai. Mas importante mesmo, é saber que sim, Páscoa é mágica. Não, não é conversa. Espera alguns segundos depois de descer do avião, e vai saber exatamente do que estou falando aqui. Se sente em frente a uma dessas estruturas, relaxe, e tenha certeza absoluta que esse é um lugar que deve, deve mesmo, ser visitado!

    Imagens: Arquivo Pessoal

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