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    Agrigento, Sicília

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    Agrigento é uma cidade nem tão pequena, e bem antiga. São 55 mil habitantes em uma região que já fez parte da Magna Grécia, tempo em que a Grécia colonizava a Sicília e o Sul da Itália. A cidade data de 581 a.C., então se prepare para um turísmo com bastante história!

    É uma cidade para ser feita de carro, porque várias atrações não são logo ali na esquina. Nós caímos ali no final de semana, e ter que devolver  o carro no sábado de manhã (íamos seguir de trem para Palermo), deu um certo trabalho pra completar adequadamente o circuito. O turismo na cidade se divide claramente em 3 partes. O Vale dos Templos, coração da visita, a Scala dei Turchi que fica a alguns km da cidade, e centro histórico.

    As cinco primeiras fotos são do Vale dos Templos, o ponto alto da cidade. São várias ruínas gregas, algumas em ótimas condições que te levam a uma viagem no tempo, e uma sensação nítida de estar em Atenas. É um parque arqueológico realmente muito significativo, e provavelmente tem a ver com a seleção de Agrigento no roteiro. Templo de Juno, Concórdia, Hércules, Zeus, e Castor são os principais.

    Não chega a ser perto do centro, nós acabamos indo caminhando por estarmos em um hotel já na boca do Vale, mas mesmo assim foi um erro. O sol pega pesado, a sensação térmica é pegada e não existem tantos refúgios do sol por lá. Pra facilitar, tem um trenzinho que roda entre os templos, mas não chega a ser a solução definitiva. Tem bar lá dentro, um só.

    Espere boas fotos, pesquise um pouco sobre o que vai encontrar antes, pra curtir o visual já sabendo o que estará vendo. Claro, existem placas contando a história em frente a cada Templo. A região toda tem um visual muito legal, vegetação bem típica.

    A Scala dei Turchi é um conjunto de falésias tão branca que um belo dia de sol deve fazer doer os olhos! Por azar, ou sorte pra todo resto, foram as únicas horas de chuva ou de templo nublado na trip toda, que foi de quase 1 mês. Aí a falta do sol tirou um pouco da cor da água, que de alguns ângulos se revelava com a beleza do mar siciliano.

    No caminho para a Scala, a partir de Agrigento, você passa por um porto muito charmoso, em Porto Empedocle. Uma cidade bem pequena, bonitinha, e de onde partem os barcos para a paradisíaca Lampedusa! Vale uma paradinha rápida! A Scala fica a 13 km de Agrigento, bem tranquilinho. Tem estacionamento perto da Scala, e você vai descer uma escadaria até a praia e depois caminhar em direção as falésias. Tem um bar com um visual espetacular no meio da escadaria.

    O nome das falésias se deve a presença de piratas árabes que eram todos chamados de turcos, eles usavam as falésias como escadaria pra invadir a cidade. Leve tênis, escalar as falésias de chinelo não é indicado. Óculos de sol, claro, e no mais, escolha os lugares para fotografar, caminhe sem pressa pela grande rocha marga. É um passeio de 2 a 3 horas, se você naão parar no bar, na praia ou em Porto Empedocle. Mais é imperdível, se visitar a cidade.

    O centro histórico tem todo aquele estilo, edificações lindas, uma rua central recheada de lojinhas. Estamos falando da Rua Atenea, e a partir dela uma caminhada despretensiosa se revelará bastante agradável. Não esqueça das paradinhas nos cafés, pra provar e provar de novo, e de novo, os doces e especialidades sicilianos. Acredite, vai sentir muita saudade depois!

    Não é tão complicado chega na região central de carro, se estiver hospedado na parte mais de baixo da cidade. Até porque, a cidade vai subindo desde o Vale dos Templos até o centro histórica, e a subidinha pode dar uma boa cansada. Táxi é bem carinho, funciona meio no valor fechado, estilo cidade pequena. Nada de taxímetro em todas vezes que usamos.

    A noite procure pequenos restaurantes típicos, ou, se tiver um hotel mais completo, ele pode te surpreender. Fiquei no Colleverde Park Hotel e foi um achado. Fica no meio do caminho entre o centro histórico e o Vale, fácil acesso, uma ótima estrutura apesar dos quartos mais simples. Vista (abaixo) para o Vale dos Templos com um jardim magnífico, cadeiras, pergolados e um restaurante excelente!

    Imagens: Arquivo Pessoal
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    Neste segundo artigo de Taormina, a Perola do mar Jônico, vamos ver a parte de cima da cidade, que é de 396 a.C. Impressionante, não? Pra onde se olha, uma foto explêndida se apresenta. Nesse sentido, é uma cidade como poucas!

    É lá no alto que fica a Corso Umberto, a principal rua da cidade, aquela das lojinhas, das lojas peso pesado (Não se engane, é uma cidade de luxo e Glamour, mesmo na Sicília, mesmo sem ser tão conhecida como deveria) e muitos restaurantes e lugares super agradáveis! A hotelaria não é barata, mas acredite, se paga. Opte pela vista, eu diria pra ficar lá por baixo pertinho da praia. É mais fácil subir passear, do que descer pra ir a praia.

    Como se não bastasse o mar lindíssimo, a Isola Bella e seu cartão postal difícil de bater, a geologia da cidade, o seu luxo, ainda temos história viva! O Teatro Grego (ou Teatro Antigo) é fabuloso, data o século III a.C. e teve combate de galdiadores e tudo mais. Incrível para uma cidade tão pequena, não?

    E como tudo na cidade, o teatro oferece aquela vista… O encontro do G7 foi aqui, ainda pegamos algum movimento de desmobilização da estrutura pelas ruas da cidade. O moviemento nessa parte da cidade é bem intenso, então é bom adequar o horário da visita, pra não arriscar ficar com fotos super populosas.

    Como a cidade é super antiga, não é anormal achar alguma edificação, ou lugar absurdamente fotogênenico, que simplesmente não é citado em lugar algum, ou indicado para visitar. É uma daquelas cidades que precisa ser explorada, com calma, com paradas em cafés e geladeiras, e em docerias sicilianas maravilhosas (essa última parte só quem já conhece a sicília vai de fato entender…).

    Como é pequena, a segurança aparentemente é total, não tivemos qualquer sombra de insegurança. Não pegamos super lotação, apesar da proximidade com a alta temporada, com exceção ao teatro, que realmente pode parecer uma atração turística iconica de grandes cidades batidas no turismo.

    Os sicilianos continuam os mesmos, mesmo nesse paraíso. Então não estranhe se flagrar esses gringos birrentos discutindo acaloradamente entre si, com aquele entusiamo siciliano, que sim, supera o entusiamo italiano. (Lembre que, dito por alguns deles, eles são SICILIANOS, quando chamaos de italianos).

    As especiarias… Ah, as especiarias… Prove, prove, prove. Principalmente, quando for doce. Mais tarde você se entende com a nutricionista. Até porque, vai queimar muita caloria no sobe e desce da cidade. A cidade tem um perfume das delicias sicilianas, isso é real e impressionante!

    Caminhar é preciso. Acompanhe as ruas de fluxo, acompanhe as ruas vazias, acompanhe, caminhe. Faça passeios sem destino certo, curtindo o delicioso incerto. Procure quadradinhos mágicos secretos, ele estarão te esperando com paisagens deslumbrantes. Pode acreditar!

    A Piazza IX Aprile é a principal praça da cidade, e uma paradinha super agradável. Por ali existem sorveterias, bares com deliciosas especialidades sicilianas e logo ali fica uma pequena pracinha com vista para as montanhas ao fim da parte principal da cidade.

    Existem muitos pequenos becos lindíssimos ligados a Corso Umberto, não deixe de dar uma espiadinha. Cada um tem o seu charme particular, e a sua pitadinha daquela italia inesquecível!

    Então encerramos aqui o nosso papo sobre a princesinha da Sicília, Taormina. Quando se fala em visitar a ilha, não há possibilidade de não ir nessa cidade. Nenhuma possibilidade. Falando em sul da Itália, já é forte, não passar por lá. Realmente ela surpreende, supera facilmente as expectativas, e te atrativos pra maioria dos gostos!

    Imagens: Arquivo Pessoal
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