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    Sim. Ele existe. E se chama Bora Bora. Um paraíso. Irretocável. Perfeito. Quase inacreditável. “Conhecemos quase o mundo todo, vivemos viajando, já fomos a lugares maravilhosos, talvez os lugares mais lindos do planeta. Mas Bora é diferente. Bora Bora não é desse planeta, Bora Bora é divino“. Frase de um casal, o único brasileiro, que encontramos no nosso hotel, o Bora Bora Pearl Beach Resort. Nada resume melhor, esta inacreditável ilha da Polinésia Francesa.

    Antes de mais nada, acreditem, todas estas fotos eu mesmo que bati, não tem edição, retoques, nada. E sem lentes especiais para realçar as cores, só a leica original mesmo, batendo no automático. Edição só pra assinar as fotos e fazer a redução dos médios 5 mega pra pouco mais de 100 k. É assim mesmo. É isso tudo o que parece, só que lá, é ainda mais lindo. O post vai ser grande, ainda maior do que o normal, mas não consegui reduzir mais o número de fotos. Então, vamos lá, passear pelo paraíso em 25 fotos, pelas suas particularidades, e, sobretudo, por sua beleza, sobrenatural.

    Viajar sempre é uma mão de obra, quando se fala em aeroportos. Lá na Polinésia também, apesar de serem menores do que a maioria das nossas rodoviárias. São organizados, rápidos, e tem uma característica única. Qual é? Bom, é só olhar a foto acima. Essa é a pista de pouso do aeroporto de Bora Bora. É, eu sei. Pensei a mesma coisa, quando desembarcamos. Parecia estar chegando no Eden. Na verdade, quando você desembarca em Bora Bora, já está completamente embasbacado. Lá de cima, a ilha já é absurdamente linda, com sua parte principal, central, e os motus, que cercam toda ilha principal, e é onde ficam os principais resorts. E o aeroporto. Esse aí, de cima. Fotos aéreas da ilha? Tem nos outros posts da série Polinésia, no final do post.

    Então você chega no aeroporto, já completamente bobo, com a beleza da ilha. Retirar as malas? Que nada. Um exército de funcionários do resort já pegaram os tickets, as bagagens, e te encaminharam pro transfer, que é uma lancha, claro. Afinal, você está no paraíso. Você nem nota nada disso, porque não sabe nem pra onde olhar. E aí entra na lancha, e em alguns poucos minutos, ela vai se aproximando do hotel. Aí, caros leitores, você vê essa imagem aí, de cima. Né?

    No hotel, o procedimento é o mesmo de Moorea, lembram? O check in vem até você. O Bora Bora Pearl Beach faz parte do “The Leading Hotels of the World“, muito superior aos demais irmãos da Polinésia. Então, se em Moorea já era o máximo, imaginem em Bora Bora. A maior parte dos hóspedes era italiano, maior mesmo. Mais da metade. Dizem que os americanos é que eram maioria, antes da crise e tal. E em lua de mel, assim como nós, uns 70%, ou mais. Se somar a turma que comemora bodas por lá, vai a 90%, pelo menos. Voltando ao check in, ele nem era na recepção, era em um dos bares mesmo, até você ser levado ao seu bungalow. Neste hotel, só haviam mesmo bungalows, nada de prédio com quartos. Ou eram sobre as águas, ou na beira do mar, ou no jardim. Dessa vez, ficamos sobre as águas. Nesse, abaixo.

    Claro que esse é mais um daqueles momentos que você fica bobo. Larga as malas, e fica bobo. Muito mais luxuoso que o de Moorea, o bungalow tem inúmeros pontos que permitem ver a água abaixo da acomodação. A tradicional mesa de vidro, com um coral bem abaixo, permite ver os peixes coloridos, dia e noite. Os peixes da noite são diferentes, são atraídos pela iluminação embaixo do bungalow, parecem espadas e pequenos tubarões. Os mais coloridos, que se vê de dia, se escondem. A vista do bungalow está logo abaixo. Você acorda com o sol invadindo o quarto, de frente para a ilha principal de Bora Bora. Rede local, o Pearl Beach chegou cedo na ilha, e tem uma localização muito privilegiada.

    A estrutura toda do resort é muito boa, mas o fato de ser em um motu, limita a interação com o resto da ilha. Pra sair, é necessário pegar uma lancha, e depois mais um transfer até o centro da ilha. A foto abaixo mostra o pier que acessa a ilha principal. É pertinho e tem saídas de hora em hora. Mas Bora Bora não tem uma ilha tão arrumadinha quanto Moorea. O centro é bem bagunçadinho, e só vale a pena ir no primeiro dia, pra fazer as compras dos lanches e tal. Passeio em terra, não vi nenhum indicativo que valesse a pena fazer. O negócio é mesmo ficar aproveitando o magnífico hotel, as espreguiçadeiras do bungalow e a praia particular.

    A internet é paga, e cara, mas quem se importa? Você nem vai querer usar mesmo. Mergulhar é fantástico. Se em Moorea já era bom, em Bora Bora é uma experiência fantástica. Os cardumes coloridos estão por toda parte. Corais artificiais espalhados pela enorme área verde esmeralda sob os bungalows mantem os peixes por perto o tempo todo. A água é quente enquanto o sol é forte, depois, já fica mais complicado de mergulhar, e a noite, não se aconselha. Não vamos esquecer que na Polinésia os tubarões tem presença forte, como vamos ver mais adiante. Inclusive me desaconselharam a nadar longe, fora da região verde do mar. A justificativa era que jet skis e barcos circulam muito por lá, mas senti algo mais nas entrelinhas. Cheguei a ir até a linha separadora do verde/raso e o azul/profundo, mas acabei voltando sem explorar muito.

    Na foto abaixo a recepção do hotel, que só se usa mesmo para fazer as reservas dos passeios, e o check out. O clima é todo esse, no resort. Muita madeira bruta, mas com leveza, estilo e conforto. Existem inúmeros passeios, muitos mesmo. Mais uma vez o conselho é de fazer os de meio turno, porque já vimos pelas fotos que não dá pra se hospedar em um resort desses, e ficar longe dele o dia todo. Nós fizemos, e aconselho a fazer o passeio chamado Lagoonarium. Outro passeio muito conhecido é o que leva nadar com os golfinhos, em outro resort, o Intercontinental. Não fizemos, e quem fez diz que é muito rápido, não deixam você fotografar por conta, e a foto deles custa uns 100 dólares. Tem também um passeio que faz um book fotográfico, com surpresas românticas e tals. O outro casal de brasileiros fez, e voltou maravilhado.

    De volta ao Lagoonarium. Esse passeio faz a volta na ilha, e tem a famosa parada para “nadar com os tubarões’. E não é fria não. Eles estão lá, e você também. E a melhor parte: Você volta de lá, e inteiro. Perdemos o dia do passeio que não pula na água, vai em barco com fundo de vidro, então, encaramos o Lagoonarium pensando em não pular na água. Pois bem. O barco chegou, os guias pularam na água, jogaram baldes de peixes, os tubarões (uns 10, pelo menos) vieram, e a turma toda pulou na água. Já que os tubarões não pegaram os italianos gordinhos, porque pegariam os brasileiros magrinhos? Fomos para a água também. Tranquilo, sério. Mas quando um deles passou a meio metro das minhas pernas, eu é que fiquei sério. O passeio tem parada no Lagoonarium, uma espécia de zoológico aquático. Lá tubarões, arraias, tartarugas e peixes ficam no mar, mas divididos por telas.

    O café da manhã. Mais um abuso. Já comentei que engordei na viagem, não é? Pois é, metade da culpa está aí, abaixo, no café americano. Perfeito. Só não faça como eu, comer demais na manhã de fazer o passeio, e depois perder de mergulhar no coral natural, lá perto dos tubarões. É tanto peixe colorido que uma foto batida do barco pega milhares de peixes em boa profundidade. Porque a água é totalmente transparente, né. Olhando com cuidado a foto acima, se pode ver os peixes amarelos perto dos tubarões. Pra que ter o trabalho de mastigar uma perna, se abrindo a boca o tubarão faz o seu café americano? E não esqueça, como nós, de comprar um máquina fotográfica a prova d’água. Sério. Não esqueça disso.

    O dia passa rápido no paraíso, e você pode escolher entre ficar na área aberta com espreguiçadeiras do bungalow, na praia, na beira da piscina, ou mergulhar entre os bungalows e milhares de peixes. Na área aberto do bungalow também tem mesa, banco e acesso ao mar. É, a vida não é fácil no paraíso, são muitas as decisões difíceis! E não se assuste com a chuva diária de 15 minutos. Mas sim, fique furioso se ela demorar mais que isso, ou nublar o tempo.

    O entardecer, como se pode imaginar, também é maravilhoso, mas a noite cai muito rápido. Assim que escurece, o resort que naturalmente parece vazio (vamos lembrar que quase todos em Bora Bora estão em lua de mel…) é ainda mais deserto, e não são poucos os momentos em que tudo parece ser exclusivo, só para o casal. Claro que isso é ótimo, e aumenta ainda mais o clima romântico e perfeito formado pelo conjunto da obra. Sim, porque tudo parece uma grande obra de arte, uma pintura, sem defeitos nem imperfeições.

    Em Bora Bora a meia pensão comprada no pacote é ainda mais fundamental, e o comodismo de escapar de traslados e movimentações para o jantar, faz toda a diferença. Ou pagar na hora, uma conta muito mais cara, como comentamos nos outros posts da série. A exemplo de Moorea, uma noite tem buffet tahitiano e show típico, outra buffet de frutos do mar, e nos demais dias da semana você pede o que quiser, tudo a francesa, bom, e lindamente preparado. As danças típicas, bem como suas músicas são alegres, contagiantes e que passam uma tranquilidade muito grande. Tivemos sorte nos dias da semana, e pegamos os shows tanto em Moorea, quanto em Bora Bora.

    Aí o dia amanhece mais uma vez, e as difíceis decisões retornam a nossa vida. O fuso horário ajuda a pular da cama muito cedo, e depois do café americano você precisa decidir para qual lado do paraíso você vai.

    As espreguiçadeiras estão por todos os lados, e como nenhum lugar do hotel é populoso, tudo é muito tranquilo. O material de mergulho é fornecido pelo hotel, e pra quem gosta de mergulho de verdade, com equipamento de gente grande, aí existem passeios específicos. Quase me arrependi de não ter feito o curso antes… Se no hotel, no raso, já é aquela beleza toda, dá pra imaginar o que deve ser um mergulho mais profundo.

    Obviamente que a piscina é só pra bater uma bela foto, não é mesmo? Mesmo assim, vi reclamações do tamanho da piscina, em avaliações do hotel. Só fiquei me perguntando porque essa pessoa foi para Bora Bora, em um resort com uma área gigantesca de mar com água verde esmeralda, com menos de 1,5 m de profundidade. Enfim, abaixo está a piscina, com um bar bem ao lado.

    Uma das atrações do resort era o Spa, que fico na dúvida se alguém precisa ir até lá, mesmo, pra relaxar em Bora Bora. Algumas quadras de esporte, e caiaques para quem quisesse ir mais longe no mar. Como a maioria está em lua de mel, quem quiser pode fazer a cerimônia do casamento tahitiano. É lindo, mas não vimos ninguém fazer por lá.

    Quem fica nos bungalows de jardim também não fica mal instalado. É tudo perfeitamente no lugar, a paisagem é tão linda que parece artificial, com pequenos e floridos canais, pontilhões de madeira e a vegetação milimetricamente cuidada. A área do hotel é muito grande, e é uma delícia caminhar pelos bosques.

    Chega de fotos do paraíso? Ok, Ok, vamos dar um giro final pela princesa da polinésia, a praia preferida dos casais em lua de mel de todo o mundo.

    Alguns resorts (a maioria deles, na verdade), fica do outro lado da ilha, também no motu, mas bem perto da região dos tubarões. Na volta da viagem encontramos outros brasileiros, que ficaram nos resorts do outro lado. Alguns deles comentaram que por lá pequenos tubarões passeavam numa boa entre os bungalows. Esse é um ponto interessante de verificar. Não que seja perigoso, como de fato não parece ser, mas se alguém prefere não arriscar, melhor pesquisar.

    O comércio em Bora Bora praticamente não existe, nem perca tempo. O centro não tem nada além de caríssimas lojas de pérolas, e mercadinhos minúsculos. A lojinha do hotel é bem variada para atender quem não quer ter o trabalho de comprar suvenirs ou presentes em Papeete, e nem é tão cara assim. Esqueça trocar as valiosas (e caras) horas no paraíso atrás disso.

    A ideia em Bora Bora, é mesmo aproveitar o resort, não há muito o que explorar e o que ver, salvo outros grandes resorts. Naturalmente que todas as paisagens são maravilhosas, até o aeroporto tem uma vista perfeita, mas o que muda de uma vista para outra, é a presença de montanhas, ou o mar lindo e infinito. Quanto a turismo, não é um lugar rico. Só é perfeito, em tudo o que tem.

    E assim vamos nos despedindo da série Polinésia Francesa, sem dúvida o lugar mais lindo que já visitei, e com altas suspeitas de ser realmente um dos lugares mais lindos do mundo. Abaixo os links com os outros posts, e como falei lá no primeiro deles, pesquisar sobre a Polinésia não é tão fácil quanto parece, nas suas particularidades. Então, qualquer dúvida teremos o prazer de ajudar, basta escrever.

    Imagens: Arquivo Pessoal, sem tratamento

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    Dizer que Bora Bora é irreal está correto. Dizer que Bora Bora é o paraíso, também está correto. Mas dizer que Bora Bora é a única da Polinésia, aí já não vale. Lá também existe uma segunda princesa…

    Ainda no avião, a sensação de estar chegando a um dos lugares mais lindos que conheci já começava a aparecer. A vista aérea do Arquipélago da Sociedade tira o fôlego mesmo antes de notar as cores do mar polinésio, é impressionante. O verde esmeralda da região dos corais que circunda as ilhas, contrasta com o azul puro do mar profundo de um lado, e a vegetação da ilha do outro lado deixa qualquer turista “de boca aberta”, ainda antes do pouso. Além das águas e dos bungalows, a vegetação de Moorea também se faz valer na paisagem. O aeroporto é minúsculo, assim como o avião que leva 10 minutos desde Papeete. Em Moorea não existe o anel de corais como em Bora Bora, então os resorts ficam na ilha principal mesmo. No transfer, o clima de paz de Moorea já vai se instalando, enquanto se aprecia a linda paisagem no entorno da florida via que circula toda a ilha, até chegar no Moorea Pearl Resort.

    Assim que chegamos ao Resort, fomos nos encaminhando à recepção fazer o check in. Errado. Em Moorea, o check in é que vai até você. Toalhas de mãos úmidas e perfumadas, limonadas geladas, e atendentes fazendo o check in por você. É assim que começa a paz na Polinésia. O hotel estava tão silencioso, que induzia a cochichar ao invés de falar. Ninguém queria poluir a tranquilidade que o lugar passava. Barulho mesmo, somente dos pássaros e do leve vento na farta e bem cuidada vegetação do hotel. De costas para uma maravilhosa montanha, o Moorea Pearl Resort não chega a ter instalações super luxuosas como seu irmão de Bora Bora, mas não fica devendo absolutamente nada em conforto e beleza. A recepção toda, assim como o restaurante e o bar, não são edificações pesadas e fechadas, como em hotéis tradicionais. A estrutura toda flerta com madeira e palha trançada, leve e envidraçada, valorizando e se integrando com a beleza natural. Os ambientes são cuidadosamente integrados, e após entrar no resort, o corredor principal revela a piscina de borda infinita que assim como em Papeete, se confunde com o mar.

    Mas quem quer ir para a piscina, com uma praia de água cor esmeralda logo ali, cercada de bungalows? Muitos. Mas não nós. Moorea é definitivamente território francês. Poderia arriscar tranquilamente que mais de 70% dos hóspedes eram franceses. A maioria em lua de mel, claro. Os bungalows são espaçosos, alguns a beira mar, outros sobre as águas, e outros no jardim mesmo. Os do jardim, tem uma pequena piscina privativa. E em Moorea até existe um prédio, com quartos, o que não acontece em Bora Bora, que só tem bungalows. Espreguiçadeiras charmosas convidam o tempo todo para uma sessão “aprecie o paraíso sem pressa alguma”, e é isso mesmo que se faz em boa parte do tempo em Moorea. Com poucos habitantes, a ilha é toda bonitinha e bem cuidada. Perto do nosso resort, lojinhas, mercadinhos e claro, lojas de pérolas. Caminhar pela avenida circular é muito agradável, e quem quiser circular sozinho, aluga um jeep ou uma pequena moto. Não parece que valha a pena, pois os lugares legais não são tão intuitivos de se localizar. O legal mesmo é comprar um safari de meio turno, suficiente para conhecer todas as maravilhas naturais da ilha.

    Alguns dizem que a paisagem do Moorea Pearl é prejudicada pela presença dos bungalows, que ficam na frente de todo o resto do hotel. Eu já discordo, e tomo as lindas cabanas como parte não só integrante, como fator de beleza da vista do mar. A praia de corais é pequena, isso é verdade, e ficando do lado esquerdo do hotel, um píer público faz companhia. Ponto negativo. No mar, o tênis próprio que se vende por lá, com sola de borracha é bem vindo. Ouriços estão bem presentes, e um dos hóspedes franceses teve o desprazer de conhecer um mais de perto do que gostaria. Aconselho a comprar um desses tênis em uma das lojas ali por perto (no hotel é bem mais caro), e usar sempre dentro d’água. Para nadar a praia privada do hotel não é muito boa, já que o trânsito de jet ski é grande, e a parte de praia protegida deles é pequena.

    Nosso bungalow em Moorea era de jardim, a 3 metros da água. Bem equipado, o bungalow sempre trazia algum presente. Vinho local, pérola negra, especiaria de lanche… Alguns deles já definidos no próprio pacote. A “noiva de mel” naturalmente estava sempre a postos esperando o brinde do dia. O café da manhã era até demais. Nosso pacote oferecia café americano, e fazia muito jus ao nome. Engordei na viagem, algo totalmente inesperado. Culpa dos excelentes restaurantes dos hotéis. O sol chegava cedo, e a diferença de 7 horas no fuso ajudava a pular bem cedo da cama, aproveitando bastante a manhã. As sessões de fotos auxiliadas pelo tripê que todos nossos vizinhos invejavam eram parte do dia. No primeiro dia, o encanto pela beleza do local faz você pensar se 18 gigas de memória serão suficientes para as fotos e filmagens.

    A integração entre mar quase perfeito, e beleza natural estonteante é maior em Moorea do que em Bora Bora, tanto pelo tamanho bem menor do resort, quanto pela montanha nas costas dele. Você transita muito na parte verde, nos intervalos entre os intermináveis momentos deliciosos nas espreguiçadeiras. Mas o sol de outubro ia embora sempre cedo, as 18:30 a água já estava fria demais para mergulhar. Os peixes coloridos estavam por toda a parte, e nem se importavam com a nossa presença. Cardumes imensos ficavam na divisa entra a água rasa do coral, e o azul profundo. O mergulho é maravilhoso e fácil, pelo menos antes de conhecer Bora Bora. Não chegamos a visitar outros hotéis de Moorea, mas é bem possível que outras opções tivessem uma condição melhor de mergulho, com uma praia esmeralda um pouco maior. Vale a pena pesquisar, sem esquecer que o Pearl foi impecável do início ao fim da estadia.

    É possível comprar pérolas já prontas para colares no próprio hotel, mas de um pessoal que vem vender perto do bar. Na loja do hotel mesmo, é bem mais caro. Mais uma vez retomo a questão da meia pensão, que em Moorea não chega a ser vital como é em Bora Bora, porque tudo ali é muito perto e fácil de ir. Mas não sei se vale a pena sair. O restaurante do hotel é fantástico, cozinha francesa, pratos bem servidos e muito bem trabalhados no visual. Sem contar a vista para o mar, ou para a piscina. Todo o restaurante é aberto nesses lados. Existem poucas opções no cardápio, é verdade, mas são mais do que suficientes, até porque o normal dos pacotes sugere 3 noites em Moorea. Para almoçar sim, vale a pena sair do hotel ou fazer um mercado bem prático.

    Em todas as ilhas da Polinésia existe uma gama enorme de passeios, por terra, ar e mar. Mas é bom escolher bem, até porque, o tempo é curto. Alguns conhecidos paulistas fizeram o passeio de jet ski em Moorea, gostaram. Mas como a própria agenciadora do hotel confirmou, em Moorea o bom é fazer um safari, já que a área verde da ilha é muito linda, e deixar o passeio em água para a inacreditável Bora Bora. Foi o que fizemos. Pegamos um passeio no hotel mesmo (pra minha surpresa, era com uma empresa terceirizada, que era mais cara contratando direto do que comprando o pacote no hotel), meio turno em camionete com grupo pequeno. Meio turno sempre é suficiente pra qualquer passeio em qualquer ilha, até porque, você precisa aproveitar seu hotel.

    O safari passa pela “Montanha Mágica”, que tem uma vista realmente mágica mesmo. É possível ver os corais ao redor da ilha lá do alto, e a própria subida já é uma aventura! A vista é quase aérea lá do topo da montanha. O Belvedere também tem uma vista incrível, mas mais pro lado verde da ilha. O safari ainda conta a história da ilha através de visitas bem comentadas pelas ruínas de sacrifícios, em meio a uma mata com árvores bem peculiares. Nem vale tanto a pena, mas a história é interessante. Já as plantações de ananás (a grande fruta da ilha) tem uma paradinha estratégica para provar o doce do “abacaxi local”. Claro que depois vem a parte comercial, com visita a loja de pérolas (aqui decepcionou, já que esperava conhecer uma “fazenda”de pérolas). Valeu pela história bem contada pela vendedora da loja, sobre as mil e duas particularidades das pérolas negras polinésias. Quem gosta de licores, vai se divertir na degustação, também em loja de bebidas típicas. Estufas de flores fizeram parte do passeio, que deve ser preparado com protetor solar, repelente de insetos e água, além das máquinas fotográficas, tripé e filmadora, claro.

    Moorea impressionou desde o início, uma ilha sublime, recheada de encantos e maravilhosas surpresas. O paraíso existe, e Moorea foi certamente o último esboço antes da arte final. É, é isso mesmo que eu quero dizer. Moorea é inesquecível, e seria perfeita, não fosse o fato de que quem vai lá, em seguida, vai para Bora Bora… Porque aí sim, o paraíso chegou as suas linhas finais. Mas sobre isso, falamos no próximo post!

    Imagens: Arquivo Pessoal, sem tratamento

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